Wednesday, November 23, 2005

Estamos em obras

Estamos em obras. Sim, obras.
Nada de especial, só uns cabos para mais uns pc's e tal. Mas quem é que diria que passar mais uns cabozitos poderia gerar tamanha confusão? Para além de ter o gabinete revirado de pernas para o ar, há pó por todo o lado, fios tombados em tudo o que é sítio, anda aqui um ucraniano em cima de um escadote e há outro cá em baixo que ainda não percebi de onde é (até porque ele ainda não disse uma única palavra...), a esburacarem tudo o que é parede e estremecendo tudo, com um barulho que dá cabo da cabeça a qualquer um...
Definitivamente, obras são uma coisa a evitar. Pelo menos, quando são conjugadas com trabalho!

Tuesday, November 22, 2005

I feel Love

"The First Time"

I have a lover
A lover like no other
She got soul, soul, soul, sweet soul
And she teach me how to sing

Shows me colours when there's none to see
Gives me hope when I can't believe
That for the first time
I feel love

I have a brother
When I'm a brother in need
I spend my whole time running
He spends his running after me

When I feel myself going down
I just call and he comes around
But for the first time
I feel love

My father is a rich man
He wears a rich man's cloak
Gave me the keys to his kingdom coming
Gave me a cup of gold

He said I have many mansions
And there are many rooms to see
But I left by the back door
And I threw away the key
And I threw away the key
Yeah, I threw away the key
Yeah, I threw away the key

For the first time
For the first time
For the first time

I feel love

Há dias em que precisamos desesperadamente de ouvir U2.

Monday, November 21, 2005

Closer - Áreueis Uateche Gude Muves


Caríssimos.

Primeiro. Unfinished business: Terminei o visionamento de Sonny. Confirmam-se os bons desempenhos e um bom filme. Não será uma obra-prima, mas é um bom filme. Gostei. Recomendo a quem aprecie dramas.

Depois, e a main reason do post de hoje, CLOSER.

CLOSER é um filme brilhante com Natalie Portman, Jude Law, Julia Roberts e Clive Owen. Esqueçam Pricesas Amidalas e afins. Esqueçam filmes com happy endings e com relações cor de rosa. Trata-se de um filme sobre 4 pessoas, os seus sentimentos e emoções acerca uns dos outros. É uma história de amor, ciúme, mentira, sexo, honestidade, frontalidade, enfim uma história de pessoas... É extremamente violento, não fisicamente, mas emotivamente.

É incrível como em algumas cenas se retrata tão realisticamente aquilo que se sente quando uma relação acaba. A insegurança. A dúvida. As figuras tristes que fazemos para tentar "consertar" as coisas. A raiva. A dor. O medo. A solidão. É fenomenal. E tem um ritmo avassalador... Sabem, há certos filmes que têm, para mim, os momentos perfeitos para retratar certas emoções. É o caso da cena do velhote que sai da prisão no "Shawshank Redemption", o Brooks, que retrata a solidão de uma forma perfeita (e é das poucas cenas de filmes que me consegue deixar com um nó na garganta sempre que a vejo). Closer é perfeito para retratar a dor que se sente quando perdemos alguém que amamos. O quanto sofremos e o quanto estamos dispostos a fazer para voltar a ter essa pessoa. Ou para magoar quem no-la tirou.
Recomendo vivamente. Entrou directamente para o meu TOP 20 de todos os tempos, e talvez até para o TOP 10 (isto merece mais reflexão!).
Já agora, brilhantes actuações de todos os 4 actores. Natalie Portman, além de ter um rosto e uns olhos que derretem QUALQUER homem, tem um desempenho formidável. O mesmo se pode dizer de Jude Law, que tem tido excelentes desempenhos desde "Enemy at the gates", Julia Roberts e Clive Owen, que foi uma agradável surpresa.

Thursday, November 17, 2005

Nevoeiro e Chuva. Acidentes e afins.

Hoje estava um nevoeiro do caraças. Mesmo. Ao ponto de alguma da malta que passa por mim na estrada ter chegado a ligar os faróis de nevoeiro e reduzido a velocidade. O que me leva à questão de que quero falar hoje... O que é que esta gente pensa?
Provavelmente, eu não serei a pessoa com mais legitimidade para falar. Em outros tempos (com outros preços do gasóleo, também), já fiz a minha parte de maluquices e coisas pouco pensadas e/ou irresponsáveis. Excessos de velocidade, conduzir à chuva como se o piso estivesse seco, ultrapassagens só por ultrapassar, alguns picanços... Felizmente, em todas estas ocasiões sempre tive sorte. Por um lado, porque nunca fui apanhado. E por outro, muito mais importante, porque disso nunca resultou nenhum acidente.
Há algum tempo, face a um conjunto de circunstâncias, vi-me forçado a alterar esse modo de agir. Comecei a fazer ainda mais kms, todos os dias, e posso garantir-vos que aquilo que se vê pelas nossas estradas, constantemente, me deixa arrepiado. Vêem-se ultrapassagens em traços contínuos e duplos contínuos. Em curvas fechadas, em lombas, ultrapassagens à queima e às cegas. Vê-se imensa gente que não faz ideia do que é o código da estrada e que não tem um mínimo de respeito pelos outros. E acima de tudo, vê-se muita gente que não tem a mínima noção das consequências que podem resultar de uma condução perigosa.
Posso dizer-vos sem orgulho que já vi acidentes acontecerem. Já vi o rosto de desespero de uma mulher aprisionada dentro de um carro, ao lado do condutor ensaguentado e inconsciente. Vi malta que adormeceu ao volante. Vi pessoal que foi apanhado pelos pisos traiçoeiros das primeiras chuvas, ou por bancos de nevoeiro. E acho que é fantástico como não vejo mais, face à condução que praticamos.
Hoje, acidente na A1 com 60 veículos. 3 mortos. No meu caminho para aqui, um 206 virado de pernas para o ar. O condutor, sortudo, já do lado de fora a telefonar a alguém. Temos de nos mentalizar. Uma coisa é termos sorte 2 ou 3 vezes, abusarmos e as coisas não descambarem. Mas ninguém tem sorte sempre. E se acidentes acontecem mesmo aos que conduzem com cuidado... Fico profundamente irritado ao ver certas situações na estrada. Não porque me afectem directamente, mas porque não compreendo como é que alguém pode ser tão inconsciente. Se não querem pensar nos outros, pensem ao menos em vocês. Os airbags não salvam toda a gente e o ABS não resolve tudo. Façam pela vida, minha gente. Gosto muito dos meus amigos e quero continuar a tê-los por perto por longos anos. Be safe.

Wednesday, November 16, 2005

Não deu...

Em sequência ao Sonny, posso adiantar que ainda não vi tudo, mas que o que vi me deixou bem impressionado. Boa fotografia, boas interpretações, e um argumento bem conseguido. Estou ansioso por ver o resto... Ontem, com bola e afins, e com o fazzer do jantar entretanto, não deu tempo para tudo... Hoje, com reunião pela noite dentro, também não sei se irá haver tempo.
Entretanto, já chegou o Closer, vindo de Madrid. Ao que parece, nuestros hermanos são muito mais simpáticos nas promos do que nós... Ganham mais, e as coisas ainda são mais baratas... Imagine-se lá! (e já nem quero falar do Reino Unido...)
Pela positiva destaca-se a lareira acesa ontem à noite e as febras grelhadas com um arrozinho divinal... Grande janta!

Tuesday, November 15, 2005

Áreueis Uateche Gude Muves


Já diria o nosso amigo Lauro Dérmio, Áreueis Uatche Gude Muves. Ora eu, como a maior parte dos meus amigos já sabe, sou um grande fã de cinema. Não tanto de ir ao cinema, propriamente dito, mas de bons filmes (e alguns que não sendo bons, não deixam de ser interessantes e/ou divertidos). Daí vai que decidi ir fazendo aqui alguns comentários às últimas preciosidades que vou comprando lá para casa.
A última aquisição feita no UK foi "Sonny", de Nicholas Cage e se tudo correr bem, vou vê-lo hoje à noite, na placidez da minha sala e com a lareira a crepitar. Nicholas Cage é um actor que respeito bastante, não só por ser um lutador que penou muito até chegar ao topo, como pelos seus desempenhos e pela sua coragem de diversificar os seus papéis com muita frequência, mantendo um bom equilíbrio entre o cinema mainstream e alguns filmes menos populares, mas igualmente interessantes. Poucos saberão que ele é sobrinho de Francis Ford Copolla e que o próprio tio lhe disse que ele se devia dedicar a outra profissão, por não ter jeito para actor. I guess he showed him. Além disso, é preciso respeitar um homem que, não sendo nenhum Brad Pitt, já foi pago para beijar Angelina Jolie, Diane Kruger ou Tea Leoni. (Não que não respeite o Brad Pitt, mas isso é outro assunto.)
Sonny é um filme com James Franco (o Harry do Spiderman) e Mena Suvari (aquela da cama cheia de rosas no American Beauty). James Franco, apesar de me parecer sempre muito mal nos 2 Spidermans, teve um grande desempenho em City By The Sea, com Robert De Niro, onde faz o típico papel de toxicodependente-filho-de-polícia,-que-é suspeito-de-ter-morto-traficante-e-afinal-não-matou-e-só-o-pai-é-que-acredita-nele. Espero portanto grandes coisas dele neste Sonny. Mena Suvari, ainda não me deslumbrou. Logo vos direi se foi desta vez.
O argumento é sobre um rapaz (James Franco) que volta da guerra para trabalhar novamente para a sua mãe, como gigolo. Na sua tentativa de abandonar as ruas, apaixona-se por uma prostitutas (Mena Suvari) que também trabalha para a sua mãe. Como diz na capa, Will he work the streets, or hit the road... Em breve vos direi se gostei ou não.
Novas aquisições a chegar brevemente: Closer.

Monday, November 14, 2005

Tá frio, porra!

Tá frio, porra! (Ler com entoação de quem está meio surpreso, meio resignado)
Pois é. Finalmente, ares de Inverno. Cobertores na cama e aquecedores a gás na esplanada do Irish & Co. Chuva. Castanhas assadas. Instintos de incendiário cada vez que olho para a lareira. Pés frios. Camisolas. Casacos. Poças. Dedos gelados. Constipações. Tosse. Enfim, o usual.
Não me interpretem mal. Eu gosto do Inverno. Mas tenho sempre esta resistência inicial. Especialmente porque tenho de me levantar às 6h30 para vir trabalhar. E está frio. E cada vez que penso naquels 3 segundos entre tirar o pijama e mergulhar na água a escaldar do banho, custa-me. Custa-me muito. Chiça, se custa.
Acho que devia ser socialmente aceitável uma de duas coisas. Ou se tornava aceitável não tomar banho durante o Inverno e vir trabalhar a horas todos os dias (não me parece grande ideia, para ser honesto), ou então, dava-se uma tolerância de ponto e a malta só entrava 3 horas mais tarde, para termos tempo de nos prepararmos psicologica e emocionalmente para os tais 3 segundos. Acho que devia haver um decreto-lei sobre isto. Senhores ministros, atentem nas crueldades que ocorrem por esse país fora!
Bem, já por causa destas coisas reservei uma semana e meia de férias para Dezembro. O que eu gosto de estar na cama de manhã, quando tá um gelo lá fora... Especialmente se estiver a chover e conseguir ouvir a chuva no telhado... É tal e qual música de embalar.
Há no entanto duas coisas que arruinam este espírito invernoso. Falta de lenha para a lareira e aquilo a que eu gosto de chamar "agricultural weekends". Ora, e o que é isto? Muito simples. Basta ter um pai com a mania de que é agricultor. Especialmente se ele já estiver naquela idade em que acha que o que é giro é mandar palpites e meter o filho a fazer o trabalho. São garantidos 3 ou 4 fins de semana por inverno, com frio de rachar, vento e chuva, enquanto nos enterramos até aos joelhos em lama, porque "amanhã pode chover e dava-me jeito que me ajudasses com aquilo"... Quando não está frio, a coisa até se faz, mas nesta altura do ano?!? Dêem-me uma lareira quentinha, um chouriço para assar na brasa e um pãozinho, enquanto se vê um bom filme e se conversa com os amigos...

Friday, November 11, 2005

Easy Friday

Hoje tem tudo o que é preciso para ser um dia calminho. Sol, mas não muito. Trabalho, mas não muito. Problemas, mas não muitos.
Há que aproveitar. Muita gente julga que a transição para o fim de semana pode ser feita de qualquer maneira... Não é assim! É preciso começar-nos a preparar com alguma antecedência. Na 5a feira, é preciso começar a pensar nisso... "Epá, amanhã já é 6a feira, o melhor é começar a abrandar o ritmo..."
Na 6a feira (hoje), há que levar as coisas numa boa. Chegar, conversar com a malta, aproveitar o silêncio da maquinaria que já parou, engendrar uns planos e projectos para a próxima semana (com calma, nada de muito entusiasmante e que possa conduzir a mais trabalho no próprio dia), e sobretudo, reflectir pausadamente sobre o weekend que se aproxima: "Quando é que joga o Benfica?"; "Joga em casa ou fora?"; "Dá na TVI?"; "Noite de 6a feira, onde ir?"; "Jantar de sábado, onde é?"; "Previsões para a manhã de domingo, cama ou bicicleta?"; "Previsões para a chegada a casa depois do jantar de sábado, será de dia ou de noite?"; e enfim, mais questões filosóficas como estas. É preciso deixar as coisas acalmarem depois da loucura da semana. Trabalhar que nem um doido até às tantas a uma 6a feira? Nem pensar. Já viram o choque que isso é quando acordamos no dia seguinte e reparamos que é sábado? É péssimo para a saúde.
Idealmente façam como eu. Por volta das 16h, vou a uma sessão de formação de HSE (Hygiene, Safety, Environment; ou, preferivelmente, Há Sábado Embreve). Uma coisinha light, de duração não superior a hora e meia, e própria para adormecer os sentidos e relaxar. Quando terminar, deixem-se guiar até à saída e dirijam-se para casa. Gozem o fim de semana a gosto!
De resto, e em véspera do jantar de aniversário do Sérgio (ganda maluco), reafirma-se o voto de contenção em relação ao álcool! Ou, pelo menos, espera-se que sim!

Tuesday, November 08, 2005

Recovery Complete

É com prazer e regozijo que anuncio full recovery, um dia antes da data prevista! Mas continua a determinação em abandonar os maus hábitos.

On other news, tá a chover.

Monday, November 07, 2005

"Oh sorte madrasta!" ou "Porque é que eu cortei no álcool"

Ouch. Segunda-feira. 11:54, de acordo com o telemóvel. Dor de estômago. Ainda. Porra, já não ter 20 anos é péssimo... Mas comecemos pelo princípio.

Sábado à noite fui a Coimbra, a um jantar de aniversário de um amigo dos tempos do Secundário. Predisposto para uma noite de boa comida, boa bebida e boas companhias, optei por deixar o magnífico veículo em que me desloquei paradinho à porta da casa onde ia ficar. Assim, liberto de constragimentos e preocupações, optei por começar lentamente e ir subindo o nível durante a noite. E se o nível subiu. Start up com bohemias ao jantar, passando para Caipirinhas e Champanhe durante o concerto de jazz. Ao iniciar a exploração dos estabelecimento nocturnos (The English bar e Noites Longas), a mudança táctica para vodka, nomeadamente packs (sim, packs, esta malta de Coimbra leva estas coisas muito a sério). Meus amigos, foi uma exibição ao melhor nível da Liga dos Campeões. Fenomenal, o encadeamento das jogadas, as mudanças tácticas, a adaptação aos novos terrenos de jogo, o fair-play, o saudável convívio com o adversário... Mas... para um tipo que deixou de ir aos treinos desde que saiu da faculdade, e que acha que as provas de cerveja durante a semana e a bohemiazinha durante o jogo da bola são suficientes para manter o nível de competição em cima, depois do jogo esperava-me uma triste surpresa. É certo e sabido que que performances destas saem do corpo. Mas, em tempos que já lá vão, antes desta idade avançada que tenho agora, limitavam-se à boca seca durante o dia seguinte e mai nada! Desta vez, por volta das 5h da matina, já em casa, o preço começou a ser pago. Por volta das 6h, mais uma prestação para o pagamento total. E desde ontem até ao momento presente, aquela sensação esquisita no estômago ainda não desapareceu... Espera-se a full recovery lá para o meio da semana... Ouch. Felizmente, não há dores de cabeça a registar.

Em face às considerações feitas, acho que está na hora de travar a selecção natural que tem sido efectuada aos meus neurónios. Depois de 2 fins de semana particularmente desastrosos nos últimos 2 meses, acho que chegou a altura de abandonar a vida das loucas noites de bebida. I'm out. Ficar-me-ei pelas minhas provas de cerveja, pela ocasional cervejinha durante o jogo da bola, ou pelo esporádico e singular rum num fim de tarde ou noite em boa companhia. A todos aqueles que me acompanharam ao longo destas noites bem passadas (pelo menos, na sua maioria), um grande abraço e os meus agradecimentos. Aos que ficam, bonne chance. E aos que, como eu, seguem ou já começaram a seguir este caminho que agora trilho, é bom reencontrar-vos. Para mim, é o final de um ciclo. Até sempre.

Já agora, aproveito para dizer. Coimbra recomenda-se. Mais ainda de dia do que de noite.