Thursday, November 30, 2006

Jingle Balls.


Amigos, chegou o Natal. Eu sei. E sei porque a minha vizinha da frente meteu um pai natal pregado na porta e eu vejo lá o barbudo todos os dias com aquele ar, "Pronto lá estou aqui outra vez com este sorriso parvo até passar esta época festiva...". Por isso e porque em todo o lado há decorações, luzes, pessoas a comprar prendas como se não houvesse amanhã, algum frio e chove de vez em quando.

Como o Natal chegou, e sendo este o primeiro natal na residência Morgado Ferreira-Gonçalves, procedeu-se à montagem da árvore de natal e do presépio. Tamanha foi a inveja que no terreiro do Paço uns bacanos decidiram que tinham de ter uma árvore maior do que a lá de casa e até a inauguraram no mesmo dia e tudo. Ganham em tamanho e em exposição mediática, mas só nisso! Até porque nós compramos a nossa em Outubro, o que foi um recorde do Guiness ("Árvore de natal comprada mais cedo do mundo").

Claro está que estas coisas têm de ter pelo menos um episódio rocambolesco. E este prende-se com o menino Jesus. Toda a gente sabe que o menino Jesus é a figura central desta época. O velho gordo das barbas vermelhas é uma invenção da Coca-Cola. Ora, é em honra desta personagem (JC, não o pai natal), que decidimos lá em casa que queríamos um presépio. Sendo esta a era do consumismo, não foi difícil. Fomos ao hipermercado e comprámos um (Dah). Ora qual não foi o nosso espanto quando fomos montar o dito cujo e, mesmo no final, vimos que não trazia o menino Jesus! Desalento, meus amigos. Desespero. Depressão. Pronto, nem tanto, mas mesmo assim organizámos a operação "Rescue JC nas palhas deitado". Primeiro, incursão em território hostil, em período de tréguas (leia-se, voltámos ao hipermercado, mas de manhãzinha quando os clientes ainda são poucos). Depois, aguerridas negociações para a libertação do desaparecido (MIA, como dizem os americanos, Missing in Action) - que mais não passaram do que falar com a senhora do atendimento central: "Mas tem de trazer o presépio todo." "Oh minha senhora, eu posso trazer o presépio, mas o menino Jesus não vem na mesma, porque se eu não o levei, também não o posso trazer". O acordo, "Ok, eu vou chamar alguém «Não-alimentar ao atendimento a cliente, dlim dlom»". E finalmente, o suspense quando a senhora abriu outro presépio e também não encontrava o JC. Finalmente, lá apareceu o menino, que saiu timidamente de trás de umas palhinhas onde dormia uma sesta. Agora, por estas alturas, dorme refastelado debaixo de um pinheiro ali para os lados de Caldas...

Houve também um procura minuciosa de um velhote gordo de vermelho para pendurar na árvore e uma rena para lhe chamar "Fat Bastard", mas o melhor que se conseguiu foram 2 gordos boncheirões de amarelo, com ar de quem se meteu no tintol e tem a cara demasiado rosada... Fazem companhia ao boneco de neve e ao urso polar. Porquê um urso polar? Porque também é uma invenção da Coca-Cola para os anúncios (e não só, antes da Coca Cola nem sequer existiam ursos polares), está directamente relacionado com o Pai Natal! Também lá há 2 anjinhos, mas lá porque têm asas com penas a sério e são dourados acham-se melhores do que os outros e não dizem nada a ninguém. Por isso e porque são enfeites de natal, e os enfeites de natal não falam.

Enfim, deixo-vos uma bela foto do pinheirito. Desfrutai!

Wednesday, November 29, 2006

Padrinho IV - Il casorio

Ora então, deixai-me desmistificar o que se passou. No passado dia 11 de Novembro do ano de 2006 de Nossa Graça, casaram no local da Casa dos Reguengos, Mafra, Nuno Miguel e Cristina Contente.

Na qualidade e na honra de seu grande amigo, eu meismo fui O Padrinho. E pensam vocês, "Ah, grande coisa". Sim senhor, grande coisa. O Padrinho cuida dos seus. Toma conta. Planeia as coisas lá no submundo. Organiza "acidentes" convenientes. E eu assim fiz. O que é certo é que a boda correu muito bem, e a malta divertiu-se à grande.

Alguns detalhes/pormenores que vale a pena referir:

- O caminho para a quinta tinha mais curvas que eu sei lá o quê. Impôs-se lei seca para os condutores. Eu entreguei logo o carro à esposa.

- O sotaque de padre da paróquia lá da terrinha do Sr. do Governo Civil, bem como a sua propensão para os sermões, fez deste casamento pelo civil mais religioso do que certos casamentos em igrejas a que tenho assistido. Se o sacana do homem tivesse com o sol nas trombas como eu, de certeza que tinha feito a cerimónia mais curta! Ah pois é! (Até me constipei e tudo! Certas más línguas dizem que foi de vir beber whisky cá para fora durante a noite com os outros homens. Pura mentira. Nunca ninguém se constipou a beber whisky...)

- O Padrinho do noivo era devastadoramente giro e estava muito bem vestido.

- Os sapatos do noivo eram pipis e custaram um valor obscenamente alto. Os amigos do noivo censuraram esta compra e manifestaram a sua completa discordância. Houve até quem dissesse "Esse dinheiro todo por uns sapatos? És mesmo uma menina, até a comprar sapatos...".

- Frase mítica Ano 2006 - "Opá, tens uma minhoca no casaco!", dito no meio de lágrimas. (Cristina Contente).

- Presença do Canelas e sua respectiva, Fanni (espero que seja assim que escreve). GRande mergulho que ela fez para apanhar o bouquet da noiva. Mas conseguiu! O Canelas é que ficou com uma cara, como que a pensar, "Mas porquê a mim?". Vá, André, força nisso, a malta até nem se importa de ir à Holanda para o teu casamento!

- O almoço era bom e o vinho também. Salienta-se que a banda tinha muito estilo, muito estilo mesmo. Faltou um ou outro tema mítico, como o Fado do Panasca, mas perdoa-se facilmente. Contrariamente ao que diz Jorge Palma, o vinho até era bom e banda tinha tom.

- Danças do mais requintado nível. Finalmente viu-se o que é que o Mário tem andado a fazer na salsa. O Rui também dominou a pista, mas os dançarinos mais elegantes foram unanimemente eleitos pelo nosso juri: O Padrinho & esposa, e Samuel & Samuelettes (não revelamos quem é o júri porque temos medo de represálias).

- Excelentes petiscos e pinga! Em grande estiveram o Beirão, o Bacardi Limon, o whisky e outros que eu já não me lembro... Porque será?

- Grande discurso na altura de cortar o bolo feito por aquele tipo de azul. Notava-se que talvez lhe faltasse ainda um pouco de embriaguez para proporcionar dimensões mais épicas ao discurso!

- Já ao irmão da noiva sobrou embriaguez! Foi o mais animado da festa, e nunca esteve calado mais do que 2 minutos e 34 segundos. Notável.

- Faltou figura mítica. Bafonso. Imperdoável. Mas nós perdoamo-lo na mesma. Hurry back.

Ficam algumas fotos. Não ficam mais porque os outros sacanas que levaram máquina ainda não me enviaram as fotos do casamento. Enfim, eu nem fico chateado com isso. Filhos da mãe.

Wednesday, November 15, 2006

Coming soon: The Godfather IV

Em breve, poderão ver como é o peso da missão de ser... O Padrinho: