Thursday, January 19, 2006

Fucked up, screwed over and ready to go.

Já tiveram um daqueles dias em que os problemas se sucedem, surgem merdas para vos complicar a vida a cada momento e em que nada parece correr bem? Aqueles dias em que só apetece fecharem a loja, meterem-se no carro e fugirem para bem longe?
Hoje é um desses dias... P'ró raio com isto tudo.

Tuesday, January 17, 2006

Barricadas

Hoje, a notícia principal das televisões é um homem barricado em Sobral de Monte Agraço, depois de ter alvejado um GNR.
Ora, cá para mim, isto é coisa para reflectir. Primeiro, o que é que passa pela cabeça desta malta? Ao que parece, o soldado da GNR que foi baleado enquanto andava a recolher provas contra o atirador. O que é que o tipo pensou? "Deixa-me dar um tiro neste sacana deste GNR que assim já não têm provas contra mim e têm de me absolver!"? Será que o tipo pensou isto até ao fim? Depois, decide fugir para dentro de casa e esperar que venham mais umas centenas de soldados da GNR esperá-lo cá fora... Não teria sido mais fácil fugir para qualquer outro sítio? Pelo menos, nas televisões só se diria "o suspeito anda a monte" e não tínhamos de gramar directos em que jornalistas enregelados vão dizendo que ainda não há nada de novo...
E a GNR? Do que é que está à espera? O homem não tem reféns, o que é que os está a impedir de entrarem e apanhá-lo? Cá para mim, isto é uma jogada psicológica para levar o homem a suicidar-se. Eu, se tivesse de ouvir negociadores da GNR durante 24h, de certeza que punha uma bala nos miolos só para acabar com aquilo. Mas será que eles não têm uma equipa de assalto que entre na casa e prenda o gajo? Nestas situações, há que demonstrar a força, para dissuadir novas situações similares. Por essas e por outras é que em Portugal, as forças da lei andam a levar mais tiros do que nunca... Também, a tentar apanhar os bandidos com palvrinhas doces e sorrisos, o que é que queriam? O respeito perde-se um bocado... Qualquer dia temos os polícias a levarem chapadas das velhinhas porque eles não lhes disseram bom dia...
Outra razão para toda esta demora na resolução da situação, pode ser um "conbíbio" que a malta da GNR tenha aproveitado para fazer. Na televisão, só se viam era carros da Guarda para trás e para frente. Cá para mim, enquanto uns chateiam a cabeça ao homem que mandou o tiro ("Ó shôr Jaquim, venha cá fora, faiz favôr, qu'a gente resolve isto a bem..."), os outros têm uma mesinha reservada numa qualquer adega e vão provando a pinga local, enquanto comem uns pedacitos de queijo e presunto. Isso é que era.
Pela minha parte, também ando a planear uma barricada. Um dia destes, quando não me apetecer vir trabalhar, fecho a porta do quarto, ligo para a TVI e digo que estou barricado. As televisões e a PSP aparecem, passo um dia na galhofa, a fazer exigências à maluca e a dar entrevistas pelo telemóvel, e no fim ainda sou apontado como vítima da sociedade e do stress, com direito a assistência clínica e um período de repouso para recuperar do "esgotamento" que me levou à situação de me barricar! Deixo aqui algumas exigências que podem causar sensação, se alguém também se quiser barricar:
* Bombocas (das verdadeiras, não daquelas que há no Plus)
* A caderneta do Astérix do ano de 1988
* A Isabel Figueira
* Um presunto pata negra e 2 pães de Mafra
* Uma saladinha de polvo
* Que voltem a passar o Dartacão na televisão
* Uma fotografia autografada do Papa
* Um bloco de post-its
* O primeiro álbum do Tony Carreira
Depois digam como é que correu...

Thursday, January 12, 2006

É complicado...

Discutia no outro dia num grupo de amigos a expressão "É complicado..."
O "É complicado..." é o remate perfeito para reuniões de negócios, almoços em família, encontros amorosos, conversas de circunstância, perguntas difíceis/embaraçosas, enfim, é uma expressão mágica.
Experimentem e digam-me se não resulta! Estão numa reunião, naquela fase final em que querem ir-se embora o mais depressa possível, alguém começa com uma teoria mirabolante e vocês, muito rapidamente, respondem: "É complicado...". Fazem um jeitinho com a boca de conformismo, dando a impressão que vão dedicar algum tempo a pensar no assunto (tretas, assim que sairem da porta começam logo a pensar é na boazona da logística e em quando é que joga o Benfica)., levantam-se e disparam dali para fora, deixando o tipo estupefacto e resignado.
Ou então, uma pergunta difícil, do estilo "Mas afinal, o que é que tu estavas a fazer com a minha namorada em casa dela ontem à tarde?"... Façam um ar embaraçado, esbocem um "É complicado...", virem-lhe as costas e afastem-se um pouco como se fosse um assunto privado e doloroso de lembrar... Com um pouco de sorte, desviam-lhe a atenção do que interessa e ele vai deixar o assunto em paz.
Não há dúvida que é uma frase esplêndida. O vosso colega perguntou porque é que não deixaram o relatório pronto ontem? Digam-lhe "É complicado..." e vão-se embora como se não tivessem paciência para lhe explicar porque é que é complicado... Works every time!
E pronto, aqui fica uma pequena ajuda para as vossas vidas, no caminho da sapiência, felicidade e tranquilidade. É complicado...

Wednesday, January 11, 2006

Tremores.

Ao que parece os tremores estão na moda.
Tremores de terra e não só. Eu, por exemplo, tenho-me fartado de tremer com o frio que por aí anda. Ainda hoje, de manhãzinha, entre o parque de estacionamento e o gabinete, ia morrendo congelado...
Mas, tirando o frio, os tremores de terra têm estado em alta. Sismo aqui, sismo ali, sismo em todo o lado, mas não a toda a hora. Se virmos bem, têm ocorrido preferencialmente à noite. Será que os sismos não têm sindicato? São obrigados a trabalhar à noite? Que regalias é que têm? Há concursos de colocação de sismos? Enfim, ao que parece, a coisa anda tremida. Pela minha parte, ainda não senti nenhum (pelo menos esta semana). Também, se ocorrerem enquanto estou na fábrica, não se nota (isto já treme como o caraças), se ocorrerem durante a noite, estou a dormir e também não noto (era preciso um comboio a passar ao fundo da cama e a apitar valentemente para me acordar).
Já a minha avó, personagem deveras característica, deu um pré-aviso de greve aos sismos. Se houver mais algum, sai de casa e vai para o meio da rua e fica lá sem fazer nada. Claro está, que metade do mundo podia ruir e ela só ficava a saber se desse na televisão, mas enfim, o aviso foi dado. Resta saber se para ela cumprir a ameaça, tem de sentir o sismo, ou se basta o José Rodrigues dos Santos, no seu ar abichanado e francamente irritante de duende engravatado, dar a notícia na abertura do telejornal. A ver vamos.