Thursday, December 27, 2007

Pensei que os sonhos eram só para quando estamos a dormir

Mas parece que não... Hoje cruzei-me com uma coisinha destas no caminho para o emprego...

Que, para quem não conhece é um Audi R8 e é simplesmente divinal...

Começo a pensar que aquilo que o Director disse no outro dia acerca de esta ser uma das empresas que paga melhor em Portugal é tanga... A não ser que eu também consiga ter um destes e não saiba... Ora, 3x9 são 27, mais 4, 31, tiram-se 2, divide-se por raiz quadrada de 8 e... Náááááá. Acho que ainda não é desta...

Friday, December 21, 2007

Hmmmm

O Blogger acabou de me sugerir juntar uns anúnciozitos ao blog para ganhar um dinheirito extra. Parece que se ganha um x por clique no anúncio... Só fiquei com dúvidas no tipo de anúncios que poderia trazer maior rentabilidade...
Vocês estariam mais dispostos a clicar em quê?
- Compre já - Novo código do trabalho, em versão capa dura e assinado pelo Ministro das Finanças
- Matulonas desnudadas e prontas para a brincadeira - kit de natal já com kleenexs incluídos
- O novo livro de Marcelo Rebelo de Sousa - Primeiros excertos.
- Saramago envolvido em escândalo sexual: toda a história e fotos na primeira pessoa (mas sem pontuação)
- ...
Da maneira que as coisas estão pode acontecer ter de juntar uns anúnciozitos aqui ao estaminé, para ver se ganho para o mata-bicho.

Pedi um BMW à Admnistração...


E em vez disso recebi esta caneca com o meu nome:


Foi quase tão bom como receber o BMW. Quase. Porque é que estas coisas só acontecem aqui ao je?
Feliz Natal, ó rapaziada. E raparigada.

Thursday, November 29, 2007

Fuck it.

Há dias em que apetece bater com a porta, deixar tudo para trás e rematar "brinquem vocês, se brincar é o que querem"...

Fuck it.

Como lidar com tamanha incompetência, tamanha vontade de criar guerrinhas imbecis, tamanha vontade de criar problemas onde não existem, tamanha arte para descobrir obstáculos para as soluções que outros se esforçam por achar?

Fuck it.

Dá uma vontade cá no fundo de responder torto, mandar tudo ir dar uma volta e sei lá que mais... Infelizmente, não se pode responder assim a toda a gente. Stupid motherfuckers que me fazem perder o meu tempo em guerras pessoais que nem sequer são comigo...

Fuck it.

Depois de isto, ainda esperam que uma pessoa se mantenha motivada? Meus amigos, a isso só posso responder uma coisa:

Fuck it. Estes tipos não merecem que eu estrague o meu dia por causa das ideiazinhas tacanhas deles. Brinquem, se brincar é o que querem. Só não se esqueçam de fazer algum dinheiro porque aqui o paizinho precisa de receber todos os meses...

Monday, November 12, 2007

Marco Paulo

Na passada 6ª feira fui à AmbiUrbe, na FIL. De regresso ao carro, fui interpelado por dois tipos da RTP com um microfone e uma câmara:
"É português?!?"
E eu, orgulhoso destas nossas raízes lusitanas, assenti:
"Sou."
"Ah bem, é que isto hoje é só estrangeirada... Posso começar, ó Silva?"
"'Tá a gravar..." - respondeu o Silva.
E assim me vi, euzinho, a ser entrevistado sem apelo nem agravo. Devo dizer que dentro de mim há um pontinha de show-off (coisa pouca) que sempre quis aparecer na televisão. Mas numa coisa respeitável. Assim um comentário ao estado da nação, à performance do governo, aos comentários domingueiros do Marcelo Rebelo de Sousa ou ao último sketch do Gato Fedorento.
Naquele centésimo de segundo entre o "Tá a gravar" e a primeira pergunta, fui invadido por milhares de pensamentos:
"Isto é para quê?"
"Espero que não me perguntem datas da História de Portugal..."
"Será que estou penteado?"
"Porra, devia ter passado para o outro lado da rua"
"Deus queira que isto não seja para cantarolar nada"
"Epá, isto pode ser para o telejornal"
E aí, cai a primeira pergunta:
"O senhor conhece o Marco Paulo?"
"O senhor conhece o Marco Paulo?". Ora, pois claro que sim. Mas temos mesmo de falar disso? Não podemos falar antes de política internacional? Da Galp e da descoberta de petróleo no Brasil? Da performance da Soraia Chaves no Call Girl? (Que ainda não vi, mas da qual ouvi maravilhas). Pois é, meus amigos. Sonhos de querer aparecer na TV em alguma coisa digna foram naquele momento por água abaixo... Marco Paulo? Mas porquê? PORQUÊ?
Respondi com sinceridade. "Sim, conheço."
Nova pergunta, a 293 km/h, disparada sem dó nem piedade (penso que seja para induzir o entrevistado a dizer a primeira baboseira que venha à ideia - e a vontade é essa...):
"E qual é a sua opinião acerca do Marco Paulo?" "Nem boa, nem má."
"Mas conhece o tema Eu tenho dois amores?"
Terror. Medo. Muito, muito medo. Geralmente é aqui que pedem à malta para cantarolar...
"Sim..." - disse eu baixinho. E nesta altura estava a preparar-me para correr que nem um louco.
"E sabe quem são os dois amores do Marco Paulo?"
Bem, e aqui tive de me refrear... Para além da alegria de não me terem pedido para cantar nada, eu bem vi o ar do tipo quando fez a pergunta, assim como quem diz "Sabes que o tipo é meio abichanado, não sabes? Diz lá com quem é que achas que ele anda nas más-vidas?". Primeiro impulso, responder "o cãozinho e o afilhado". Mas depois, algo dentro de mim optou pela easy way out: "Não, não faço ideia..."
"E vocês, sabe quem são os seus dois amores?"
"Sei." - Confiante!
"E quem são?" - Ora porra, estes tipos querem saber tudo...
"Namorada e Família" - E agora, que o tipo achou que tinha distraído, volta à carga:
"E uma mensagem para o Marco Paulo?"
Ainda pensei num belo Fuck You à la Joe Berardo, mas reconsiderei. "Ele que continue..."
E aí, mais uma pergunta disparada dos céus, ainda mais rápida:
"Loiras ou morenas?"
"Loiras, desde que estejamos a falar de cervejas, claro..."
A coisa ficou por ali... E passou hoje no Canal 1, no Portugal no coração... Rezam as primeiras críticas que só apareceu a última pergunta e que não pareço tão gordo como estou... Menos mau. Daqui a uns meses ei-de ser uma superstar!

Tuesday, August 07, 2007

‘Tá-me a apetecer uma churrascada à antiga!


Pois é, meus caros. Afigura-se desde já o regresso do místico, do incontornável, do insuperável, sim, esse mesmo, BIOCHURRASCO. Depois de um ano de sabática, ei-lo regressado, igual a si próprio, em local e data ainda não revelados...

Quero que sejam os primeiros a saber que já há contactos a ser feitos, que já temos um patrocinador oficial (e esta hem?) e que estamos a negociar as contrapartidas para os clientes habituais! Além disso, para tornar a coisa o mais interactiva possível, vocês vão ter a maravilhosa hipótese de opinar sobre o local e data do evento... Claro que, não sendo isto uma democracia, eu depois escolho o sítio e dia que me der mais jeito, mas enfim, já vão com sorte por a votação ser aqui no blog e não ser através daqueles sms que custam 2€ mais IVA!

Mais uns pormenores. Vai haver a típica jogatina de vólei (também designada por “Deixa ver a quem é que a barriga pesa mais”), a assada de linguiças, morcelas e toucinho fumado, as típicas febras, o belo jogo da sueca (vulgarmente conhecido como “Deixa lá ver quem é que já está tão bêbado que nem conhece as cartas”), os doces e rebuçados da praxe, o jogo de futebol de praia (este ano vou jogar de chuteiras e caneleiras, depois de ter fornicado o dedo mindinho na última edição do torneio não me lixam outra vez), e, como não podia deixar de ser, haverá o típico petisco em local a decidir na hora ao fim da tarde (só para verdadeiros biochurrasqueiros)... Como novidade, e como seria de prever, vamos ter um Martini como aperitivo à chegada!

Mesmo com a entrada do Martini, vai continuar a haver cerveja (SAGRES), Ice teas e outras coisas... Pondera-se também levar um termo com café este ano, mas isso logo se verá! Como é habitual, e porque é na tradição que este evento assenta, serão necessários fatos de banho, toalhas de praia, bolas de vólei e futebol, violas e violadores, cartas, frisbees e raquetes de praia...

Assim, considerem-se avisados. Ah, este ano o acesso é restrito a convidados... Cada convidado pode trazer mais uma, e apenas uma, pessoa. Se querem estar na lista de convidados, pronunciem-se já...

Thursday, August 02, 2007

Boas notícias

Boas notícias.

As minhas preces foram atendidas. Um tal de Mr. Song Lile, que pelos vistos trabalha no Hang Seng Bank, mandou-me não um, mas dois mails a perguntar se podia confiar em mim. Ao que parece, esse senhor tem lá uns milhõezitos de dólares no banco não reclamados e acha que eu seria uma boa opção para ficar com eles... Ora vejam:

"Hello,My name is Mr. Song Li le I work with the Hang Seng Bank.

There is the sum of $19,500,000.00 in my bank"Hang Seng Bank", Hong kong. There were no beneficiaries stated concerning these funds which meansno one would ever come forward to claim it. That is why I ask that wework together so as to have the sun transferred out of my bank into your account. Should you be interested please send me your:
1. Full names,
2. private phone number,
3. current residential address,

Your earliest response to this letter will be appreciated, my email address is info_songlile2007@yahoo.com.hk

Kind Regards,Mr. Song Lile."

Mr. Song Lile, pode mandar os milhõezitos lá para casa. Fico à espera (mas sentadinho!).

PS - Vale a pena mandar estes mails? Há pessoas que sejam ingénuas ao ponto de acreditarem nisto? Onde é que elas andam?

Tuesday, July 31, 2007

Sobre tudo. E sobre nada.

Há dias assim. Dias em que as horas teimam em parar repetidamente a cada vez que os nossos olhos se desviam do relógio. Dias em que cada segundo demora uma eternidade, em que temos de olhar para o relógio para termos a certeza de que o tempo não estancou.

Hoje é um desses dias. Como se isso não bastasse, está um calor que nos cola a roupa ao corpo, enquanto o ar rarefeito e quente torna a nossa respiração difícil e desagradável. Tenho o ar condicionado ligado. Daquele canto da sala sopra um vento gélido e frio que faz lembrar dias dos quais os olhos já não se recordam. Perdoem-me. Minto. Não é o calor que me perturba e aborrece. É sim o lento passar dos dias, em situações que me cansam e desgastam, sem ver que exista uma verdadeira vontade de fazer bem, de melhorar, de fazer e reconhecer o trabalho feito com justiça, de querer fazer melhor. Gosto do que faço. Gosto de o fazer bem. Mas às vezes, só às vezes, os nossos esforços e intentos não conseguem evitar perder-se e diluir-se no mar de coisas que atravessam esta casa. E isso revolta. Revolta, magoa, desmotiva. Faz-nos crescer em apatia, deixa-nos amorfos, distantes, desinteressados. Gosto do que faço. Gosto de o fazer bem. O que me deixa pior é saber que o podia fazer ainda melhor. Mas não me apetece. Não o quero fazer. É por isso que o tempo pára. Porque espera que eu o queira fazer andar. Hoje não.

Às vezes pergunto-me o que faço aqui. Se é isto mesmo que quero fazer. Talvez não. Talvez não o seja. Porquê? Porque não me deixa tempo suficiente para fazer o que realmente gosto. Porque me absorve e me consome de tal forma que me é impossível desligar, porque me assola e assombra ao ponto de entrar nos meus sonhos quando durmo, porque me rouba àqueles com quem quero realmente estar. Passo demasiado tempo longe da mulher que amo, dos amigos de quem tenho saudades, da família, das coisas que gosto de fazer.

Mas tenho sonhos. Sonhos que quero muito concretizar. E esses sonhos exigem sacrifícios. Sei demasiado bem que tudo exige sacrifícios, foi assim em todos os sonhos que atingi. Mas às vezes damos por nós a pensar que o sonho vale o sacrifício. Acredito que sim. Mas isso não o torna mais fácil. Isso não faz esquecer todos os momentos que perco, não apaga as saudades dos que me são próximos, não me tira este peso dos ombros que me empurra para baixo.

Sei que vou conseguir. Sei que não irei para baixo. Sei que vou fincar os pés e sair por cima. Sei que os meus sonhos serão atingidos. Mas há dias assim. Em que o tempo não anda e os pensamentos não param. E em que temos de esquecer e andar em frente.

Vou trabalhar.

Monday, June 04, 2007

Viagens


Há algum tempo, não quando os animais falavam, mas quando eu ainda actualizava este blog mais do que uma vez por ano, prometi falar-vos de viagens. Esta semana, quando outra viagem se avizinha, vou cumprir essa promessa.

Vamos começar por esclarecer uma coisa. Eu não sou um tipo muito viajado. Em Portugal, o mais acima que fui foi à Guarda. Para sul, conheço melhor e até já passei umas temporadas em terras alentejanas e algarvias. Até há bem pouco tempo, nem sequer tinha dado um pulito a Espanha (e ainda não dei, mas já fui a alguns sítios mais longe...).

Podem então ver como foi a perspectiva de ir a Geneve, flying solo, quando nunca sequer tinha posto pé dentro do aeroporto. Confesso que foi algo que me deu que pensar. Mas fui, claro que fui, ou não fosse eu português, descendente de grandes descobridores do desconhecido e parte de um povo capaz de experimentar quase tudo, pelo simples prazer de depois poder dizer mal do que se experimentou! Para mim, um simples rapaz do campo, isto foi uma grande aventura e perdoem-me assim aqueles para quem o mundo dos ares é um segundo lar, pelo meu desabafo neste blog.

Foi assim, que no passado dia 31 de Janeiro, rumei a Geneve. Diga-se que para quem nunca tinha viajado, até nem me saí muito mal no aeroporto. Cheguei a horas, fiz o check-in, passei pela segurança sem ter de tirar os sapatos e nem sequer mandaram ninguém apalpar-me (e não, não fiquei desiludido. A coisa mais parecida com uma mulher era uma segurança de quase 2 metros de altura e 150 kg de peso!).

Então, começou a odisseia. Foram longos minutos de terror. Pessoas a serem sacudidas de um lado para o outro. Toda a gente apertadíssima. O barulho dos motores sobrepunha-se a tudo. A vibração fazia com que todos tremessemos. As pessoas estavam todas aterradas, cerrando os dentes e esperando pelo melhor. E foi então que tudo terminou. O autocarro do terminal chegou perto do avião e pudémos embarcar no nosso Airbus, o “Fernando Pessoa”.

Diga-se de passagem, quem sobreviveu aos autocarros que nos levam do terminal ao avião e seus condutores, sobrevive a tudo. Entrei então no avião com reforçada confiança. Hospedeiras simpáticas. Bom. Lugarzinho à janela. Bom. Ninguém no lugar ao lado. Muito bom. Filmes de segurança. Terrível.

Eu tenho a minha própria teoria sobre os filmes de segurança. Acho que aquilo do cinto de segurança é só para que, no caso do bicho se despenhar, poderem identificar os cadáveres pelo lugar onde iam. Convenhamos, um corpo carbonizado num monte pode ser qualquer um, mas um corpo carbonizado no 4B? É o sr. Lopes, de certeza. Sejamos honestos, quando alguém está envolvido num acidente de viação a 200 km/h, levar cinto salva-lhe a vida? Não. E querem fazer-me acreditar que num avião a despenhar-se a 900km/h isso vai fazer diferença? Yeah, right. Arranjem outro para enganar.

Assim, o filme de segurança é só uma invenção para o pessoal se manter sentado enquanto as hospedeiras contam os lugares e fazem as contas para ver se têm sumos e sandochas para toda a gente.

Depois do filme, a descolagem. Isso sim, é giro. Aquelas duas ventoínhas debaixo das asas a que os tipos chamam motores ainda têm alguma potência. E o arranque, vulgo disparo daquilo é interessante. Bem, diga-se em abono da verdade que alguns Saxo Cups dos picanços na 24 de Julho deixavam o avião a milhas, mas experimentem pôr 200 pessoas num Saxo Cup e vão ver (não só anda mais devagar como também não se pode estar lá dentro com o cheiro a sovaco). Voltando à descolagem, para mim o voo todo vale sobretudo pelo momento em que o avião descola, e em que toda a gravidade do mundo se concentra em nós e nos tenta puxar de volta para o chão. É esse instante de incerteza, “será que a gravidade hoje vai conseguir?”, que faz com que tudo valha a pena. Para os mais atentos, durante esta altura, o que ocorre dentro do resto do avião também é digno de nota. Alguns fecham os olhos, noutros vemos nitidamente que estão a rezar, e há até quem não consiga reprimir um gritinho ou um “madonna santíssima” como ouvi no outro dia ao descolar de Milano. Curioso como a Madonna, sendo apenas uma cantora pop, consegue estar nas bocas do mundo por todas as razões e mais alguma, incluindo descolagens em tardes solarengas.

O voo em si, está algures entre a viagem de autocarro e de comboio. O mesmo espaço para pernas que o autocarro. A mesma possibilidade de ir dar uma volta pelo corredor do comboio. Perde-se a vista assim que se chega à altitude de cruzeiro. Salva-se o lanche. A bela da sandocha e do Compal de laranja. A título pessoal, prefiro a sandes de carne assada à sandes de paio. E a mousse de café à mousse de chocolate e laranja. Mas isso são gostos.

Depois há uma variável interessante em todos os voos. A possibilidade de turbulência. Para mim, a turbulência é estilo um salvo-conduto para uma viagem descansada. Não há cá malucos a passear no corredor e a fazer uma barulheira infernal. Toda a gente sentadinha e caladinha a pensar que se aquilo cai, vai ser uma chatice, e todo o sossego para poder defrutar de uma janela cheia de solzinho enquanto se vai ouvindo o nosso leitor de mp3.

Quando o voo chega ao fim, a aterragem não tem metade da piada da descolagem. Assim que as rodas tocam no chão, fica-se com aquela sensação que muitos experimentaram na sua primeira vez no amor carnal: “O quê, já acabou?” “Pareceu-me bom, mas foi tão curto...”.

Não podia terminar sem vos deixar um dos meus momentos favoritos em todas as viagens:

Senhores e senhoras passageiros, thisi you captain speaken...”. Aquelas traduções elaboradas de “Em Milão estão 27 graus e não há uma nuvem no céu” para “In Milan is tuente seve grees and not is a cloud in sky”, ou “Viajamos a 900km/h a uma altitude de 11.500 pés” para “We travel at nine cent quilometres per aure at a high of eleven thousand five cent foots.” são um ex-libris da TAP. Um must.

Ladies and Gents, next Monday, I’ heading back to Geneva. Wish me luck!

Wednesday, March 14, 2007

A minha primeira (e última) lição de dança

Confesso que já andava curioso acerca deste tema há algum tempo. Para além do natural fascínio que a maioria das mulheres nutre pelas aulas de dança, elevei as danças de salão à categoria de fenómeno quando vi que o Camocho se tornou um habitué destas coisas. Conseguia perceber o Mário, quando ele me disse “epá a princípio ela arrasta-te, depois há uma altura em que achas que não sabes nada e a tua namorada é que sabe tudo, e achas que nunca vais aprender e depois, vês que é giro”, sendo que eu interpretei o seguinte “epá (...) ela arrasta-te, (...) a tua namorada é que sabe tudo, (..) nunca (..) é giro”. E claro, compreendi. Pareceu-me legítimo. Há coisas que, temos que admitir, fazemos para agradar à mulher da nossa vida. Agora o Camocho, single, solteirito da vida, andava nessas lides de livre e espontânea vontade? Fiquei curioso. Sem dúvida.

Assim sendo, e seguindo também um pouco pelos caminhos trilhados pelo Mário, concordei com a Carla (a minha Carla, não a do Mário), em ir a uma aula de dança, para experimentar. Devo admitir que o fiz com um pouco de receio. Primeiro, por causa do dress code. Sim, porque estas coisas têm um dress code. Se não forem vestidos de preto e com uma camisa ou camisola justinha, e uns sapatos abichanados que parecem veludo, com um tacão manhoso, nunca poderão ser verdadeiros “alunos de Apólo”. Ora, como eu não tenho calças pretas, e maior parte da minha roupa justa, convenhamos, só é justa porque a barriga atingiu proporções descomunais, fiquei um bocado receoso de ser barrado à porta. Já para não falar que não tenho nada que seja sequer remotamente parecido com aqueles sapatinhos de bichana. Mas não, nada disso aconteceu.

Era uma 2ª feira à noite. Só tinha comido uma sandocha antes de ir, e estava um bocado fraco. Primeiro foi difícil distinguir quem era o professor. Acima de tudo, porque ele só tinha 1,20m de altura. Mas era porreiro, e contrariamente ao que pensava, parecia um tipo normal, só que mais pequeno. E já diz o provérbio, “homem pequenino, velhaco ou dançarino”. E fez sentido. O povo sabe sempre estas coisas. Disse-nos para arranjarmos um espacinho e irmos tentando seguir. Assim fizémos.

Primeiro, o Samba! E eu esforcei-me. Esforcei-me mesmo. E olhem que a miúda que estava em frente ao professor tinha um decote lixado, mas mesmo assim eu mantive-me atento aos passos. E 1, e 2, e 3 e 4, e 5 e 6, 7 e 8. Pronto, o contar estava no papo! Só faltava o resto. Vou admitir que, por instantes, achei aquilo engraçado e pensei que até me estava a sair bem. E depois, olhei para o resto da sala. E que vi eu? Bem, primeiro, vi que não me estava a sair nada bem. Numa escala de 0 a 10, eu era estilo um 4. E 4, porque andava lá um puto de óculos, com um fato de treino e sapatilhas de basket, que me pareceu francamente pior do que eu. Via-se claramente que os seus momentos de eleição eram quando conseguia estar agarrado a uma das miúdas, mesmo se era só para lhes pisar os pés! Caso típico de quem adora aulas de dança, for all the wrong reasons. Mas hey, parece haver falta de homens naquelas coisas, e aqui podemos citar o povo novamente, “em terra de cegos quem tem um olho é rei”.

Ora, falemos agora dos tipos que estavam a dançar bem e que me fizeram perceber que eu não percebia um bi daquilo. Bem, eram dois tipos, com o dress code todo certo (calça e camisa preta e sapato preto com tacão), que de facto sabiam aquilo tudo e até ensinavam às parceiras os passos delas. Onde é que eu acho que eles falhavam? Sinceramente, e estou a ser muito honesto, falhavam porque eram abichanados até dizer chega!. Porque cada passo era adornado com coisinhas de bichona, estilo o revirar da mão, ou o pézinho que dá uma voltinha e ólarilolé e coisa e tal... E o professor, por exemplo, dançava bem mas não tinha aqueles tiques (ainda há esperança para quem dança...)! Acho que aquela malta anda ali a aprender os passos dos homens e das mulheres porque depois quando chega a casa, vai vestir a sandália de brilhantes, o vestido de lantejoulas sem costas e vai experimentar como é a vida do outro lado da barricada!

Bem, moving on, depois de o samba me ter dado alguma esperança de que algum dia talvez conseguisse dançar algo decentemente, veio a Rumba! E o professor disse logo, em jeito animador “este é o ritmo mais lento, por isso nao devem ter grandes problemas...” Ele bem disse, mas eu não confirmo! Lento? Lento, mas chato como o raio! E depois, o que é aquela mania de dar nomes esquisitos aos passos? New yorker, sliding doors, cucaracha (pronto, admito que este é giro), promenade, botafogo? Bem, a meio daquilo, eu e a Carla achámos que era demais... Uma coisa é querer aprender uns passitos para a malta se divertir, outra coisa é andar a treinar para o Dança comigo. Não que eu não goste da Sílvia Alberto e da Catarina Furtado. Mas era demais. Resultado, fomos comer um cachorro quente. Renunciámos às aulas de dança. Aquele homem que dançava nos bailinhos do Parchal aos saltinhos durante o verão passado, de certeza que nunca teve aulas e se o homem dava espectáculo!

Tuesday, March 13, 2007

Sacana do tempo!

Sacana do tempo, está-me a dar a volta à cabeça... Este aumento da temperatura está a mexer comigo. Trouxe-me uma onda de nostalgia terrível. E nostalgia do quê? Pré-época de exames na faculdade. Sim, isso mesmo.
E dirão vocês, como é possível ter nostalgia da altura antes das épocas de exames? Bem, na realidade é bastante simples. Como alguns de vocês sabem, grande parte do meu "período de estudo" era feito em esplanadas junto à praia na Foz do Arelho, a ouvir música e a sentir o calorzinho do sol... E disso, não é difícil sentir saudades...
Agora, com este aumento da temperatura, tudo o que consigo pensar é fugir do trabalho e ir para as tais esplanadas, curtir o sol e boa música... Acho mesmo que vou começar a jogar no Euromilhões todas as semanas. Se ganhar, não esperem que vos avise. Mas se eu e a Carla desaparecermos misteriosamente, pode ser que tenham aí uma boa pista para o que aconteceu!
Por enquanto, tenho de aguentar e ir trabalhando, mesmo se o corpo só pede sol e esplanada... Raios. Porque é que nos habituamos tão depressa às coisas que não podemos ter sempre?

Tuesday, March 06, 2007

Mudança de cara

Mudei aqui o aspecto da casa. Só para não enjoar. Mas ainda não me habituei bem a isto. Ainda é capaz de mudar outra vez nos próximos tempos.
Se não gostarem, ou se tiverem ideias, opinem. Basicamente, escolhi este template porque tinha "tequila" no nome... Quando estiver mais em contacto com o meu lado feminino, logo escolho algo melhorzito e mais "harmonioso"... (yeah, right!)

Comprei uma bonita

Comprei uma bonita. Uma bonita quê? Vejam vocês:



Pois é, comprei uma mota. E não, não me saiu o Euromilhões. E não, não estou louco. Simplesmente fiz algo que já queria fazer há muito tempo. E vou contar-vos mais sobre isso. Mas não hoje. Porque não me apetece. Além disso, há mais assuntos sobre os quais quero discorrer aqui. Entre eles:

Como e porquê comprei uma mota!

O meu primeiro voo e parlapié de piloto.

A minha experiência em aulas de dança.

Como vêem, há muita coisa a contar. Mas hoje não há inspiração. Fiquem sintonizados. It will come to me!