Wednesday, December 27, 2006

Balanço.

Chegámos a uma altura de balanço. Não porque o deva ser obrigatoriamente, mas porque a aproximação do revelhão nos lembra certas coisas das quais nos tendemos a esquecer... E a parte de reflexão, em que paramos e olhamos para trás, tem tendência a ser uma delas, infelizmente.

E então, que tal foi 2006 para vocês? Eu não me posso (nem quero) queixar.

Foi um ano de grandes mudanças. Encontrei a pessoa com quem quero passar a minha vida, saí de casa dos meus pais, mudei de emprego... Acho que estes são os 3 main events do ano, aqui não há grande discussão...

Mas é um ano que fica marcado por muito mais.

Neve em Janeiro. Conduzir debaixo de um nevão enquanto se vê toda a gente disparar para a berma quando trava... O frio! A consistência e as batalhas de bolas de neve! Ficar bloqueado a caminho do trabalho por causa do nevão durante a noite... Sair do hipermercado e ter de procurar o monte de neve mais parecido com o nosso carro. Coisas giras!

Inúmeras festas e reuniões sociais biocoisences... O casamento da Laura e do Mário, em Abril, com momentos espectaculares... O grupinho da mesa fabuloso, as danças, os aperitivos e as piadas. Em Novembro, o casamento da Cristina e do Nuno, com este vosso amigo a desempenhar as funções de Padrinho, e partilhado com emoções fortes e intensas! Momentos de reflexão acompanhados de um bom whisky, grandes momentos de dança, discursos, boa comidinha e bebida! A visita do Bafonso com direito a jantar de tostas na Ericeira, o jantar de gaijos no Bairro Alto, a despedida de solteiro do Matos, o aniversário do Samuel com cantigas e matraquilhos... E infelizmente, a ausência de um evento basilar da nossa cultura, da qual eu sou o único responsável... O Biochurrasco 2006. Prometo que para o ano vou fazer mais e melhor...

As inúmeras viagens para o Algarve, para ir ter com o meu amorzinho. 6ªs feiras à tarde, a ver o pôr do sol, enquanto atravessava as terras alentejanas... Dias de passeio, idas à praia, viagens à descoberta para sotavento e barlavento. Piqueniques. Cinema. Mar quentinho como sopa. Uma varanda espectacular para tomar o pequeno almoço ao fim de semana. Areais a perder de vista. Raquetes de praia. Fotografias. Primeiras experiências como cozinheiro. Fazer fondue! Frango com cerveja! Churrascos. E acima de tudo, ficam as fotografias que guardo na alma e no coração de todos os momentos felizes deste ano, passados com o meu amor... Relembro com saudade aquele apartamento pequenino do qual saímos em Agosto em direcção a Caldas, e que marca um verão tão especial da minha vida!

Mas se o tempo passado no Algarve foi óptimo, a vida a dois é ainda melhor! Procurámos casa, mudámo-nos, fizemos bricolage, comprámos mobília (um sofá tão confortável e delicioso!) e decorámos o nosso cantinho... Eu comecei um emprego novo e a Carla começou um emprego novo. Aprendemos a cozinhar, inventámos receitas, experimentámos outras, descobrimos truques e passámos momentos que quero continuar a ter durante o resto da minha vida! A saída da casa dos pais foi fácil e sem problemas. Acabei mais por adoptar outra família, a da Carla, onde também me sinto optimamente, e mais importante do que isso, começámos a NOSSA família. Viajámos muito menos do que queríamos, mas mesmo assim, e contrariamente ao esperado, também passámos muito menos tempo em casa do que queríamos! Fomos aqui e ali, passeámos, vimos, fizemos, visitámos, fomos ao Alentejo, à Ericeira, a Leiria, Lisboa, Peniche, Nazaré, S. Martinho, eu sei lá... Um princípio de uma vida que se adivinha maravilhosa.

Mas as mudanças não foram só na vida pessoal. A saída da SCC foi atribulada, um pouco intempestuosa e conflituosa. Reflectiu um estado de desmotivação que se vinha a agravar, pela falta de reconhecimento e principalmente, de recompensa pelo esforço. A mudança para a Bacardi foi benvinda, e a integração fácil e sem complicações. Menos gente, ambiente mais familiar, mas também mais organizado e estruturado. Melhores condições e mais responsabilidades. Novas funções, muitas descobertas e uma curva de aprendizagem ainda no princípio. Se tudo correr bem, espero interiorizar algumas coisas, mas também transmitir algo da minha forma de trabalhar para a BMP. É bom sentirmos que somos valorizados e que o nosso esforço tem um impacto positivo no desempenho do grupo em que trabalhamos.

Mas os momentos não ficam por aqui. O Mundial de Futebol, com Portugal a entusiasmar mesmo aqueles que não gostam de futebol, e com toda a gente a ficar contagiada pela febre da selecção... Uma ida a um concerto dos Xutos memorável. O meu jantar de aniversário, com cantorias, Trivial Pursuit, um lombo no forno espectacular e terminação na praia às 3 da matina, a jogar voleibol e futebol... Porto Covo num dia de vento, com um almocinho a 2 de cataplana de marisco... Conversas até às tantas da manhã. Amigos. Família. Foi um ano e tanto.

Para aqueles com quem fui partilhando este ano, as recordações e as emoções são suficientes para saber o quão fantástico foi. Decerto que para o ano será ainda melhor. Para aqueles com quem passei menos tempo, ou de quem estive mais afastado, um grande abraço e uma garantia. Não estão esquecidos. Não são menos importantes. Simplesmente o tempo não estica e as distâncias não encolhem tanto quanto queríamos. Anseio por vê-los a todos neste ano que aí vem.

Aquele abraço.

Keep smiling.

Wednesday, December 06, 2006

Internacionalização


Uau. Descobri hoje uma coisa fantástica.

Eu nunca fui muito de conhecer a fundo estas coisas da net. Sei onde arranjar fotos de gaijas nuas, onde ver os resultados do Benfica, como ler os meus mails, jogar à copa online e pouco mais.

Mas hoje, hoje meus amigos, hoje é um dia que ficará marcado para sempre na minha memória. Ou pelo menos até ao fim de semana (a não ser que o Glorioso ganhe hoje ao Manchester e nesse caso, vou esquecer isto num instantinho! Se me lembrar da matrícula do carro é uma sorte). Mas voltando a hoje, hoje, resultado de um dia particularmente desagradável no trabalho, andei a explorar as funcionalidades do contador de visitas aqui do estabelecimento. Sim, uma coisita metediça lá em baixo que conta quantas vezes é que acederam ao Biocoisonacerveja. Que agora já não é Biocoiso na cerveja, mas sim no martini, mas vocês percebem. Bem, back on track, descobri que o sacana do bicho permite que vejamos de que país é que vêm as visitas ao site! E não é que fiquei espantado? Vejam lá a capacidade de internacionalização aqui do blog:

61% PT
18% BRASIL
10% USA
4% FINLAND
3% UNKNOWN
1% POLAND
1% HUNGARY
1% UK
1% SWITZERLAND
Ora, há coisas que eu compreendo. USA? Bafonso e Sérgio. Finlândia? Andreia. Hungria? Pode ser o Canelas quando foi passar férias lá com a Fanni. Agora Brasil? Suíça? Polónia? Epá, imaginar que houve alguém que alguma vez aqui entrou vindo de um desses países, dá que pensar! Será que é alguém que conheço? Ou é algum desgraçado que vinha à procura de pornografia e veio aqui ao engano? Pelo sim, pelo não, quero deixar aqui um pequeno repto.
Leitores deste blog! Uni-vos! Uni-vos e dizei quem sois, por Zeus! Quem sois e por que raio é que ainda não desistiram de aqui vir! (Há prémios para os que apresentarem as melhores razões!) (ou não, mas é um risco que têm de correr!)

Se se tratar apenas de um caso de visitas ao acaso, digam qualquer coisa na mesma. De que é que vinham à procura? Pode ser que se arranje qualquer coisa!
De qualquer forma, deixo a todos um grande abraço!

Particularidades

Recebi este "convite" do Mário (www.theworldisail.blogspot.com):

"Cada bloguista participante tem de enunciar 5 manias suas, hábitos muito pessoais que o diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher 5 outros bloguistas para entrarem, igualmente, no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogues aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este "regulamento" no seu blogue".

Aqui estão as minhas, apesar de já ter passado bastante tempo desde que o Mário me mandou isto:

1 - Tenho tendência para me esparrachar em qualquer coisa que seja similar a uma cadeira. É muito invulgar verem-me sentado com uma postura correcta. Sou preguiçoso, pronto.

2 - Legos. Sempre adorei legos, quanto mais complexos e complicados de construir melhor. Infelizmente, as pressões sociais e as convenções de que "temos de crescer" fizeram-me abandonar esta paixão. Mas ainda os tenho todos lá na casa dos meus pais, dentro de caixas, à espera da minha velhice. (O quê, esperavam que fosse para os filhos? Isso é que era bom, se eles quiserem legos, eles que os comprem!)

3 - Adoro cozinhar, mas só coisas que envolvam muitas calorias e bastante colesterol, e que possam enquadrar-se na categoria "petisco".

4 - Sou um DVD maníaco. Tenho centenas de filmes em casa, alguns dos quais nunca sequer vi, embora tenha planos de os ver a todos. Ultimamente, cortei nas compras que em tempos chegaram a ser compulsivas. Este ano só devo ter comprado 20 ou 30 DVDs (isto tem andado fraquinho).

5 - Não tenho pachorra para dormir até tarde. Assim que o dia nasce, há um estranho mecanismo em mim que me leva a acordar e não me deixa voltar a adormecer. Isto mesmo que os estores estejam fechados e não se veja luz. Só se me tiver deitado muito cedo (leia-se 7 da manhã) é que consigo dormir até à hora do almoço. Mas por outro lado, gosto de sestas e nessas não tenho problemas com o facto de ser dia.

E quem são os recrutados?

Não sei. Duvido que haja muita gente séria que frequente esta espelunca de blog. Mas se quiserem seguir esta chain qualquer coisa, divirtam-se. Têm é de vir aqui ver que foram recrutados. Eu cá sou assim. Armo-me em difícil e gosto de distorcer as regras!

Thursday, November 30, 2006

Jingle Balls.


Amigos, chegou o Natal. Eu sei. E sei porque a minha vizinha da frente meteu um pai natal pregado na porta e eu vejo lá o barbudo todos os dias com aquele ar, "Pronto lá estou aqui outra vez com este sorriso parvo até passar esta época festiva...". Por isso e porque em todo o lado há decorações, luzes, pessoas a comprar prendas como se não houvesse amanhã, algum frio e chove de vez em quando.

Como o Natal chegou, e sendo este o primeiro natal na residência Morgado Ferreira-Gonçalves, procedeu-se à montagem da árvore de natal e do presépio. Tamanha foi a inveja que no terreiro do Paço uns bacanos decidiram que tinham de ter uma árvore maior do que a lá de casa e até a inauguraram no mesmo dia e tudo. Ganham em tamanho e em exposição mediática, mas só nisso! Até porque nós compramos a nossa em Outubro, o que foi um recorde do Guiness ("Árvore de natal comprada mais cedo do mundo").

Claro está que estas coisas têm de ter pelo menos um episódio rocambolesco. E este prende-se com o menino Jesus. Toda a gente sabe que o menino Jesus é a figura central desta época. O velho gordo das barbas vermelhas é uma invenção da Coca-Cola. Ora, é em honra desta personagem (JC, não o pai natal), que decidimos lá em casa que queríamos um presépio. Sendo esta a era do consumismo, não foi difícil. Fomos ao hipermercado e comprámos um (Dah). Ora qual não foi o nosso espanto quando fomos montar o dito cujo e, mesmo no final, vimos que não trazia o menino Jesus! Desalento, meus amigos. Desespero. Depressão. Pronto, nem tanto, mas mesmo assim organizámos a operação "Rescue JC nas palhas deitado". Primeiro, incursão em território hostil, em período de tréguas (leia-se, voltámos ao hipermercado, mas de manhãzinha quando os clientes ainda são poucos). Depois, aguerridas negociações para a libertação do desaparecido (MIA, como dizem os americanos, Missing in Action) - que mais não passaram do que falar com a senhora do atendimento central: "Mas tem de trazer o presépio todo." "Oh minha senhora, eu posso trazer o presépio, mas o menino Jesus não vem na mesma, porque se eu não o levei, também não o posso trazer". O acordo, "Ok, eu vou chamar alguém «Não-alimentar ao atendimento a cliente, dlim dlom»". E finalmente, o suspense quando a senhora abriu outro presépio e também não encontrava o JC. Finalmente, lá apareceu o menino, que saiu timidamente de trás de umas palhinhas onde dormia uma sesta. Agora, por estas alturas, dorme refastelado debaixo de um pinheiro ali para os lados de Caldas...

Houve também um procura minuciosa de um velhote gordo de vermelho para pendurar na árvore e uma rena para lhe chamar "Fat Bastard", mas o melhor que se conseguiu foram 2 gordos boncheirões de amarelo, com ar de quem se meteu no tintol e tem a cara demasiado rosada... Fazem companhia ao boneco de neve e ao urso polar. Porquê um urso polar? Porque também é uma invenção da Coca-Cola para os anúncios (e não só, antes da Coca Cola nem sequer existiam ursos polares), está directamente relacionado com o Pai Natal! Também lá há 2 anjinhos, mas lá porque têm asas com penas a sério e são dourados acham-se melhores do que os outros e não dizem nada a ninguém. Por isso e porque são enfeites de natal, e os enfeites de natal não falam.

Enfim, deixo-vos uma bela foto do pinheirito. Desfrutai!

Wednesday, November 29, 2006

Padrinho IV - Il casorio

Ora então, deixai-me desmistificar o que se passou. No passado dia 11 de Novembro do ano de 2006 de Nossa Graça, casaram no local da Casa dos Reguengos, Mafra, Nuno Miguel e Cristina Contente.

Na qualidade e na honra de seu grande amigo, eu meismo fui O Padrinho. E pensam vocês, "Ah, grande coisa". Sim senhor, grande coisa. O Padrinho cuida dos seus. Toma conta. Planeia as coisas lá no submundo. Organiza "acidentes" convenientes. E eu assim fiz. O que é certo é que a boda correu muito bem, e a malta divertiu-se à grande.

Alguns detalhes/pormenores que vale a pena referir:

- O caminho para a quinta tinha mais curvas que eu sei lá o quê. Impôs-se lei seca para os condutores. Eu entreguei logo o carro à esposa.

- O sotaque de padre da paróquia lá da terrinha do Sr. do Governo Civil, bem como a sua propensão para os sermões, fez deste casamento pelo civil mais religioso do que certos casamentos em igrejas a que tenho assistido. Se o sacana do homem tivesse com o sol nas trombas como eu, de certeza que tinha feito a cerimónia mais curta! Ah pois é! (Até me constipei e tudo! Certas más línguas dizem que foi de vir beber whisky cá para fora durante a noite com os outros homens. Pura mentira. Nunca ninguém se constipou a beber whisky...)

- O Padrinho do noivo era devastadoramente giro e estava muito bem vestido.

- Os sapatos do noivo eram pipis e custaram um valor obscenamente alto. Os amigos do noivo censuraram esta compra e manifestaram a sua completa discordância. Houve até quem dissesse "Esse dinheiro todo por uns sapatos? És mesmo uma menina, até a comprar sapatos...".

- Frase mítica Ano 2006 - "Opá, tens uma minhoca no casaco!", dito no meio de lágrimas. (Cristina Contente).

- Presença do Canelas e sua respectiva, Fanni (espero que seja assim que escreve). GRande mergulho que ela fez para apanhar o bouquet da noiva. Mas conseguiu! O Canelas é que ficou com uma cara, como que a pensar, "Mas porquê a mim?". Vá, André, força nisso, a malta até nem se importa de ir à Holanda para o teu casamento!

- O almoço era bom e o vinho também. Salienta-se que a banda tinha muito estilo, muito estilo mesmo. Faltou um ou outro tema mítico, como o Fado do Panasca, mas perdoa-se facilmente. Contrariamente ao que diz Jorge Palma, o vinho até era bom e banda tinha tom.

- Danças do mais requintado nível. Finalmente viu-se o que é que o Mário tem andado a fazer na salsa. O Rui também dominou a pista, mas os dançarinos mais elegantes foram unanimemente eleitos pelo nosso juri: O Padrinho & esposa, e Samuel & Samuelettes (não revelamos quem é o júri porque temos medo de represálias).

- Excelentes petiscos e pinga! Em grande estiveram o Beirão, o Bacardi Limon, o whisky e outros que eu já não me lembro... Porque será?

- Grande discurso na altura de cortar o bolo feito por aquele tipo de azul. Notava-se que talvez lhe faltasse ainda um pouco de embriaguez para proporcionar dimensões mais épicas ao discurso!

- Já ao irmão da noiva sobrou embriaguez! Foi o mais animado da festa, e nunca esteve calado mais do que 2 minutos e 34 segundos. Notável.

- Faltou figura mítica. Bafonso. Imperdoável. Mas nós perdoamo-lo na mesma. Hurry back.

Ficam algumas fotos. Não ficam mais porque os outros sacanas que levaram máquina ainda não me enviaram as fotos do casamento. Enfim, eu nem fico chateado com isso. Filhos da mãe.

Wednesday, November 15, 2006

Coming soon: The Godfather IV

Em breve, poderão ver como é o peso da missão de ser... O Padrinho:

Friday, October 13, 2006

Friday, the 13th.

Não sou supersticioso. Pelo menos, não em demasia. E até considero as 6ªs feiras 13 como dias de sorte. E esta não está a fugir à regra. Começou bem, e está a continuar assim...
E digo-vos, the sweet taste of "I told you so" é m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o! Hoje, no trabalho, aquilo que eu defendia tornou-se inevitável. E ficamos com aquela sensação boa cá dentro. Eu bem te disse. Toma!
É criancice, eu sei. Mas de vez em quando ser criança faz-nos muito bem. Temos de ser adultos para tanta coisa... Porque não ser criança no resto do tempo?
Divirtam-se! (Onde é que foi que eu deixei os meus legos?)

Wednesday, September 13, 2006

Oi minha gente!

Saudações da terra dos Martinis (não, não é Itália, é sim Castanheira do Ribatejo!) para todos vós!

Muito se passou, mas vou aqui deixar os factos mais importantes. Primeiro, o novo emprego. Muito porreiro, ambiente mais familiar, toda a gente é muito simpática e as coisas estão a correr bem! Identifico-me muito com o espírito da empresa e com as marcas... Para perceberem porquê, vou só dizer-vos algumas... Bacardi, Martini, Bombay Saphire, Eristoff, James Martins, Moet & Chandon, Dom Perignon, and so on... Tirando as 3 últimas, o resto são tudo velhos conhecidos de tempos passados e presentes! Enfim, resumindo, a nova experiência está a correr lindamente e estou bastante satisfeito!

Segundo, Biochurrasco adiado. Não se sabe até quando, mas a esperança perdura para que se realize ainda este ano. E porque não um Winter Biochurrasco? A ver vamos. Porque é que ainda não realizou? Porque ainda não tive tempo, nem senti ainda aquele desejo incontrolável de grelhar carne, enquanto o pessoal diz baboseiras e come uns petiscos! Mas ele há-de chegar!

Terceiro, esteve em terras de Portugal uma figura incontornável da cultura biocoisence (e digo incontornável no sentido figurado, não no sentido de ele ser tão gordo que não há gasóleo suficiente para ir à volta – aliás, o rapaz até anda magrito... aquilo do sushi deve ser dietético). No mês de Agosto, um dos emigras colocado nos States (Bóstôn, mais propriamente), veio aproveitar o sol, os caracóis e as loiras (leia-se cervejas, de outras coisas não tenho pormenores sórdidos para vos contar). Pois bem, quero deixar aqui um grande abraço para o Bruno, e um desejo de que volte depressa. Os tempos que passámos à volta de uma travessa de caracóis e a comer tostas na Ericeira passaram demasiado rápido para podermos pôr a conversa em dia! Aproveito também para mandar beijinhos e abraços para todos os outros biocoisos emigras que andam a conquistar esse mundo!

Last, but not least (aliás, trata-se da mais importante), mudei de vida! A partir do mês passado, Independência (partilhada com uma certa moça muito especial!) na forma um 3º andar alugado, sem elevador, ainda na mítica terra de Caldas da Rainha! Devo dizer-vos, a vida de casado é óptima e recomenda-se! ;)

E pronto, por hoje é tudo! Beijinhos e abaços para vocês todos!

Friday, July 28, 2006

To a new start

Amigos.
Alguma vez se despediram do emprego onde pensaram ir passar toda a vossa vida? Eu já.
Sim, é verdade. Biocoiso na cerveja, vai deixar de ser biocoiso na cerveja, a partir do dia 1 de Agosto. Todos nós gostamos de ser reconhecidos e recompensados pelo trabalho que fazemos. Quando uma dessas duas vertentes falha, algures existe um limite onde as coisas deixam de ter interesse e significado...
Tive a sorte de ter uma oferta muito interessante para o meu próximo emprego, na Bacardi-Martini. Desde então decorreu aqui um processo muito atribulado, cheio de chatices, quezílias, discussões e rupturas, que culminou com o meu pedido de saída a partir do próximo dia 1. Meus amigos, ficam desde já informados que a partir deste dia, deixarão de me encontrar no mail da empresa, e deixarão de me conhecer como o homem da cerveja. Poderá dizer-se que é o fim de uma Era. Aprendi muito aqui, e senti que tinha conquistado o meu espaço, mas certas atitudes e certas maneiras como fui tratado demonstraram-me que por vezes, temos de arranjar novos sonhos. Foi o que fiz. Saio um pouco triste, é certo. Mas também muito feliz por ir para um sítio melhor, em tudo. O blog não termina, é claro.
Quando chegar ao meu próximo emprego, dar-vos-ei notícias como sempre... Até lá, fiquem felizes por mim!
Ah, se tudo correr bem, lá para o final de Agosto, possivelmente depois dos meus anos, deverá haver um Biochurrasco... Conto com vocês!

Tuesday, July 25, 2006

It's the end of the world.

Some said that it couldn't happen. Some even laughed when they heard about it. Some looked upon it with mistrust and disbelief... But it's going to happen... The bat is coming!
Stay tuned to hear about the latest news... It's the end of the world as we know it and I feel fine...
More updates as they come.

Thursday, May 25, 2006

Correia do Alternador


Hoje partiu-se a correia do alternador do meu leãozito... Vinha eu para o trabalho (não vinha muito alegre, mas eram 08h20, o que é que se podia esperar?), e quando olho para o painel do carro, vejo acender-se a luz da bateria... Pensei "Olha esta, foi-se abaixo, queres ver que toquei na chave com o joelho?!?!" - não se riam, já aconteceu uma ou duas vezes, um tipo fica a dançar ao som da Antena 3 e quando dá por isso, trás, joelhada na chave... Mas não, nada disso, ia a trabalhar lindamente, mas com a sacana da luzinha vermelha acesa... Ou seja, sintoma muito forte de que ou se foi a correia do alternador, ou o próprio alternador... Continuei, já agora não ia parar feito parvo no Auto-estrada, decidi parar só lá na empresa...
E assim fui, preocupado, a notar que de repente a direcção se parecia mais com a de uma Bedford de 32 ton do longínquo ano de 1975, em que se tem de comer um bife cada vez que se quer rodar 1/4 do volante... Por outras palavras, a direcção assistida foi-se! Mas cheguei. Cheguei, deixei o carro virado com o focinho para fora, caso seja preciso dar um encosto à bateria com cabos, desliguei e abri o capot. Primeiro sítio a observar: Correia do alternador... Para quem não sabe, o alternador é que carrega a bateria, para podermos ter todas as coisas eléctricas a funcionar... Como o motor de arranque! Bem, lá apontei olhos ao bicho. Diagnóstico, correia partida. Solução? Ooops, isso agora. Bem, pelo menos descobri o que era, o que foi fraca satisfação... Melhor opção? Call dad. E foi o que fiz. Em conversa com a "voz da experiência e conhecimento superior adquirido ao longo dos anos" gerou-se a dúvida se a famosa correia também daria movimento à bomba de água, o que poderia fazer o motor gripar... Face à desilusão de nenhum dos dois poder afirmar com certeza que não, relegámos o assunto para o mecânico do bicho, que foi posteriormente consultado... Isto de dar palpites é muito engraçado, mas se a questão pode ser séria, há que consultar os profissionais! Felizmente, o profissional concordou e diz que o animal pode ir a andar para casa, desde que não precise de ir de luzes acesas. (Dahhhhh).
Entretanto, já eu tinha também descoberto na net que podia (é espantoso o que se consegue descobrir no google se acertarmos nas keywords), o que implica que, desde que o leão ruja logo à tarde, dará para ir até casa, desde que o motor nunca se desligue, pois a bateria só deve ter carga para mais um arranque... Se não rugir, há que ir à procura de alguém com cabos, ou de uma descida porreira (eu sinceramente, prefiro os cabos. Tou a ficar velho, e é suposto ser o carro a fazer a força para me levar a algum lado e não o contrário).
E o que resulta desta lição de mecânica? Que se virem um Peugeot branco encostado na berma da estrada e se tiverem aqueles cabos da bateria no carro, parem e dêem uma ajuda. A gerência agradece!
Na realidade, cá para mim, isto é tudo medo da água. Medo da água? Sim, medo da água. É que o sacana anda mesmo sujo. Já não se percebe se é branco ou se é malhado. Tem mais cadáveres de mosquitos naquela frente que um filme do Arnold Scharzenegger tem tiros (isto nos filmes de acção, aqueles mais apaneleirados que são para rir não têm tiros, têm só o sotaque esquisito). Os vidros só são transparentes até onde chegam os limpa-párabrisas... E tendo isso em conta, eu tinha decidido que hoje lhe ia dar uma banhoca quando chegasse a casa. E disse isso em voz alta antes de sair de casa hoje de manhã: "Aproveita para te sujares mais um bocado que logo à noite vais ao banho". E não é que o bicho se revoltou e arranjou esta escapatória? Deve ser medo da água, de certeza!

Friday, May 12, 2006

Saúde e Cia.

Para aqueles que não o sabem, sempre fui bastante amigo de petiscadas, jantaradas e afins. O que, tendo em conta o historial médico da família, nunca me fez sentir muito seguro quanto ao famoso COLESTEROL. (Também tratado pelos amigos como CASTROL GTX, óleo milagroso que levou muitas artérias à loucura).
Ora tendo em conta que estou a atingir uma idade em que devia começar a ganhar algum juízo (ei, só algum, nada de exageros) e cuidar da minha saúde, resolvi aproveitar esta semana a oportunidade de medir o colesterol numa acção que houve aqui na fábrica. Esta acção, patrocinada por diversas marcas que alegam terem produtos que contribuem para regularizar a tensão, o nível de colesterol e para ajudar a perder peso, consistia em medirem a tensão arterial a um indivíduo, picarem-lhe o dedo e sacarem do sangue o valorzito do colesterol e uma ida à balança, acompanhada de uma fita métrica para medir a barriga... Este vosso amigo, cheio de coragem, resolveu aventurar-se...
Lembro-me perfeitamente, agora que tudo passou... Eram quase 17h. Soprava uma brisa vinda de Oeste. Derrubou um dos painéis publicitários. As senhoras estavam à mesa, com as suas batas brancas, com um ar de quem nos poderia der o veredicto de morte. Eu fui primeiro. Dirigi-me à mesa e perguntei por onde é que começávamos... Disseram-me que pela tensão arterial. Disponibilizei o meu braço direito. A senhora perguntou-me logo, "E porque não o esquerdo? É que eu nisto de medir a tensão sou mais da esquerda...". Anui e troquei o braço. Na realidade, não sei porquê tanta coisa. Quem mediu foi um aparelhómetro automático, e ele não tinha olhos para ver se era o braço esquerdo ou o direito. Aliás, o sacana do aparelhómetro apertou-me o braço com tanta força que até eu ia ficando sem olhos, mais um pouco e saltavam fora das órbitas! Bem, com tanta coisa lá acabou por aparecer o resultado no display: Máxima 13, mínima 7, pulsações 92 (pudera, com o medo de que aquilo me fosse apertar até me partir o braço até o coração bateu mais depressa!). Veredicto, tensão espectacular. Espectacular, foi a palavra que ela usou! Sim, senhor. Fiquei orgulhoso.
Depois da tensão, a ida à balança e o preenchimento do inquérito... Lá preenchi, aldrabando o menos possível e confessando a minha atracção por batatas fritas e presunto... Depois a balança. Subi, tremi, e angustiei. O veredicto? Não vos vou dizer. Por uma questão de direito à privacidade, mais nada. Mas estava dentro do esperado. No final, a fitinha à volta da barriga. Novamente, o valor vai permanecer secreto. Mas o tipo disse que estava tudo normal, o que considerei um bom sinal. Ofereceu-me a porcaria de uma pirâmide de papel com uns conselhos e publicidade. Chulo.
Finalmente, a parte dramática. O colesterol. Pensei em valores prováveis. 220. (O limite é 190). 220. 230. Arrependi-me da última viagem à Mealhada para ir comer um leitãozito... Pensei naquela última alheira frita que apareceu no refeitório... Por fim, resolvi-me a encarar a realidade e deixei que a rapariga me picasse o dedo e me espremesse o maldito até que o sangue, de um vermelho vivo e lindo, aparecesse à superfície. Meteu uma gotita na máquina, e lá me deu o resultado. Senti o pulso a acelerar à medida que a contagem decrescente do ecran da máquina se ia aproximando de zero. 4, 3, 2, 1, 0... Resultado: 158. Sim, meus amigos, 158. 158. Sou uma vergonha para a minha família... Nunca ninguém teve um valor abaixo dos 185 na minha família! Tenho de lutar para ser um deles... Vou afogar-me em batatas fritas e hamburgers até isto chegar a valores razoáveis... Ou então, então não. Vou ali comer uma saladita. Se calhar é melhor...

Wednesday, April 05, 2006

Barcelona-Benfica

Hoje pode vir a ser um futuro feriado. Pode vir a tornar-se um dia de celebração, de fé, de peregrinação. Pois hoje, hoje mesmo, o Benfica pode eliminar o Barça da Liga dos Campeões e qualificar-se para as meias finais!
Vou cumprir o ritual da praxe. Não ver a primeira parte. Vou sair tarde do trabalho, e na viagem para casa, ouvir o relato. Apanhar 2 ou 3 sustos de cada vez que os comentadores da rádio se empolgam em demasia. Chegar a casa por volta da altura do intervalo. Ligar a televisão e sofrer até ao fim. Enfim, é isto que é ser benfiquista.
Ouvi ontem que em Espanha, o jogo vai ser transmitido na TVE e, como forma de protesto, os trabalhadores da TVE que andam em greve, vão passar o jogo mas não vão ter comentários. Face a isto, eu tenho 2 perguntas singelas.
Como é que posso sintonizar a TVE hoje à noite?
Porque é que os comentadores desportivos portugueses não alinham em greves destas?

Tuesday, March 14, 2006

Sunny writing

Olás!
Não, não desapareci. Não, não estava ainda encurralado no meio do nevão. E sim, é desta que escrevo mais do que duas linhas...
Primeiro, quero dizer-vos que comigo vai tudo muito bem. Neste filme que é a minha vida, como vos disse anteriormente, há agora uma bela protagonista que me faz muito feliz...
Noutras notícias, muito menos importantes, há um carro na oficina (vai levar um kit de embraiagem - tudo por causa de um rolamento manhoso - até já oiço os euros a irem à vida), há agitações e mudanças na empresa (nada de grave, pelo menos para mim) e umas formações por aqui e acolá (que se espera que incluam almoços à pato).
Mas, de nada disto vos venho falar hoje. Venho falar-vos do tempo. Sim, do tempo. E não me digam que só se fala do tempo quando não se tem mais nada para dizer! Especialmente quando está um sol como nestes últimos dias! Sol. Céu azul. Nada de nuvens!
Digo-vos que gostei da mudança do tempo. Gostei. Eu sei, é um gosto esquisito, mas eu sou mesmo assim. Este sol veio dar outro colorido às coisas. Andar em mangas de camisa (mas só à hora do almoço, de manhã e à noite ainda tá uma aragem que não se pode), usar óculos de sol com razão para isso, dar um pulinho à praia, visitar a ocasional esplanada e sabe-se lá mais o quê! Por mim, digo-vos que até já visitei a praia este ano! E estava em grande! Mas isto levanta uma questão muito importante: Será este o tempo correcto para Março? A minha resposta teria de ser não. E sei que a minha avó concordaria comigo.
Todos sabemos que o tempo anda todo trocado. E a minha avó, com a sapiência que lhe permite a idade, tem uma teoria que me parece muito válida. Diz ela, com aquela autoridade que lhe é reconhecida e em jeito de desabafo, que desde que o homem foi a Lua, o tempo nunca mais foi o mesmo. E tem razão. Chove em Agosto, faz um sol espectacular nos primeiros dias de Março, faz frio e chove em Dezembro (epá, espera aí, este é capaz de estar bem... esqueçam este último exemplo)... Enfim, ninguém se entende. Para dizer a verdade, eu não sei bem porque é que o homem ir à lua, muda o tempo. Mas a minha avó já tem acertado nalgumas coisas, por isso, vou confiar.
O que eu sei, é que está um tempo mesmo porreiro. O pior é que o serviço de meteorologia já avisou que vai chover na próxima 5ª feira em todo o continente. Ora, conhecendo o nosso serviço de meteorologia, isto diz-me que há 1 hipótese em 3 milhões 745 mil e 47 (e esta maneira de escrever números, hah? parece-me catita) de chover na 5ª feira. E como tal, parece-me quase certo e inevitável que depois sábado chova. E isso não me dá jeito nenhum porque tenho roupa na corda e mais para estender. E também porque tenho um carro branco que anda meio preto e me dava jeito lavá-lo e que ele se mantivesse mais ou menos assim. E, claro porque está sol e isso faz com que eu ande feliz. Bem, se calhar não é por causa do sol que ando tão feliz. Mas ando feliz e isso é o que interessa! :)

Wednesday, March 01, 2006

Brevemente: Actualização e ponto de situação

Pois é, pois é... Tenho andado um bocado fora disto... Mas brevemente, prometo actualizar algumas notícias desse filme que é a minha vida... Incluindo uma nova protagonista...

Monday, February 06, 2006

Snow e afins.





Neve. Eu sei que o post já vem tarde, mas não houve tempo para isso na semana passada. Neve. Nas Caldas da Rainha. Vai um tipo a caminho do hipermercado, e começam a cair farrapos de neve por toda a parte! E, sem dar por isso, está no meio de uma tempestade, em que a neve se acumula no párabrisas de forma assutadora.

Pois bem, foi isso que me aconteceu no outro domingo. Imaginem que quando saí do tal hipermercado só descobri o carro porque sabia o sítio, porque o carro estava irreconhecível debaixo de uma espessa e fofa (e fria também) camada de neve... E depois para chegar a casa? Só via era malta a andar de lado, a subir passeios, a cair em valetas, e eu, devagarinho, limpa párabrisas a bombar, 4 piscas ligados, e a telefonar para casa para alguém tirar os cágados das piscinas... Foi uma coisa nunca antes vista. Malta a mandar bolas de neve uns aos outros. Estradas cortadas. E um frio de cortar.

Mas enfim, chato mesmo foi a viagem de volta de Mafra durante a noite, depois da festa do Samuel, que teve de ser feita a 40km/h na nacional, já que a A8 estava cortada. E as 3 horas que passei à espera que a estrada abrisse na manhã seguinte, para conseguir ir trabalhar, já que todos os acessos estavam cortados... Bem deixo-vos algumas fotos, incluindo o famoso campo de favas na terra da minha avó, a despontarem através do manto branco.




Thursday, January 19, 2006

Fucked up, screwed over and ready to go.

Já tiveram um daqueles dias em que os problemas se sucedem, surgem merdas para vos complicar a vida a cada momento e em que nada parece correr bem? Aqueles dias em que só apetece fecharem a loja, meterem-se no carro e fugirem para bem longe?
Hoje é um desses dias... P'ró raio com isto tudo.

Tuesday, January 17, 2006

Barricadas

Hoje, a notícia principal das televisões é um homem barricado em Sobral de Monte Agraço, depois de ter alvejado um GNR.
Ora, cá para mim, isto é coisa para reflectir. Primeiro, o que é que passa pela cabeça desta malta? Ao que parece, o soldado da GNR que foi baleado enquanto andava a recolher provas contra o atirador. O que é que o tipo pensou? "Deixa-me dar um tiro neste sacana deste GNR que assim já não têm provas contra mim e têm de me absolver!"? Será que o tipo pensou isto até ao fim? Depois, decide fugir para dentro de casa e esperar que venham mais umas centenas de soldados da GNR esperá-lo cá fora... Não teria sido mais fácil fugir para qualquer outro sítio? Pelo menos, nas televisões só se diria "o suspeito anda a monte" e não tínhamos de gramar directos em que jornalistas enregelados vão dizendo que ainda não há nada de novo...
E a GNR? Do que é que está à espera? O homem não tem reféns, o que é que os está a impedir de entrarem e apanhá-lo? Cá para mim, isto é uma jogada psicológica para levar o homem a suicidar-se. Eu, se tivesse de ouvir negociadores da GNR durante 24h, de certeza que punha uma bala nos miolos só para acabar com aquilo. Mas será que eles não têm uma equipa de assalto que entre na casa e prenda o gajo? Nestas situações, há que demonstrar a força, para dissuadir novas situações similares. Por essas e por outras é que em Portugal, as forças da lei andam a levar mais tiros do que nunca... Também, a tentar apanhar os bandidos com palvrinhas doces e sorrisos, o que é que queriam? O respeito perde-se um bocado... Qualquer dia temos os polícias a levarem chapadas das velhinhas porque eles não lhes disseram bom dia...
Outra razão para toda esta demora na resolução da situação, pode ser um "conbíbio" que a malta da GNR tenha aproveitado para fazer. Na televisão, só se viam era carros da Guarda para trás e para frente. Cá para mim, enquanto uns chateiam a cabeça ao homem que mandou o tiro ("Ó shôr Jaquim, venha cá fora, faiz favôr, qu'a gente resolve isto a bem..."), os outros têm uma mesinha reservada numa qualquer adega e vão provando a pinga local, enquanto comem uns pedacitos de queijo e presunto. Isso é que era.
Pela minha parte, também ando a planear uma barricada. Um dia destes, quando não me apetecer vir trabalhar, fecho a porta do quarto, ligo para a TVI e digo que estou barricado. As televisões e a PSP aparecem, passo um dia na galhofa, a fazer exigências à maluca e a dar entrevistas pelo telemóvel, e no fim ainda sou apontado como vítima da sociedade e do stress, com direito a assistência clínica e um período de repouso para recuperar do "esgotamento" que me levou à situação de me barricar! Deixo aqui algumas exigências que podem causar sensação, se alguém também se quiser barricar:
* Bombocas (das verdadeiras, não daquelas que há no Plus)
* A caderneta do Astérix do ano de 1988
* A Isabel Figueira
* Um presunto pata negra e 2 pães de Mafra
* Uma saladinha de polvo
* Que voltem a passar o Dartacão na televisão
* Uma fotografia autografada do Papa
* Um bloco de post-its
* O primeiro álbum do Tony Carreira
Depois digam como é que correu...

Thursday, January 12, 2006

É complicado...

Discutia no outro dia num grupo de amigos a expressão "É complicado..."
O "É complicado..." é o remate perfeito para reuniões de negócios, almoços em família, encontros amorosos, conversas de circunstância, perguntas difíceis/embaraçosas, enfim, é uma expressão mágica.
Experimentem e digam-me se não resulta! Estão numa reunião, naquela fase final em que querem ir-se embora o mais depressa possível, alguém começa com uma teoria mirabolante e vocês, muito rapidamente, respondem: "É complicado...". Fazem um jeitinho com a boca de conformismo, dando a impressão que vão dedicar algum tempo a pensar no assunto (tretas, assim que sairem da porta começam logo a pensar é na boazona da logística e em quando é que joga o Benfica)., levantam-se e disparam dali para fora, deixando o tipo estupefacto e resignado.
Ou então, uma pergunta difícil, do estilo "Mas afinal, o que é que tu estavas a fazer com a minha namorada em casa dela ontem à tarde?"... Façam um ar embaraçado, esbocem um "É complicado...", virem-lhe as costas e afastem-se um pouco como se fosse um assunto privado e doloroso de lembrar... Com um pouco de sorte, desviam-lhe a atenção do que interessa e ele vai deixar o assunto em paz.
Não há dúvida que é uma frase esplêndida. O vosso colega perguntou porque é que não deixaram o relatório pronto ontem? Digam-lhe "É complicado..." e vão-se embora como se não tivessem paciência para lhe explicar porque é que é complicado... Works every time!
E pronto, aqui fica uma pequena ajuda para as vossas vidas, no caminho da sapiência, felicidade e tranquilidade. É complicado...

Wednesday, January 11, 2006

Tremores.

Ao que parece os tremores estão na moda.
Tremores de terra e não só. Eu, por exemplo, tenho-me fartado de tremer com o frio que por aí anda. Ainda hoje, de manhãzinha, entre o parque de estacionamento e o gabinete, ia morrendo congelado...
Mas, tirando o frio, os tremores de terra têm estado em alta. Sismo aqui, sismo ali, sismo em todo o lado, mas não a toda a hora. Se virmos bem, têm ocorrido preferencialmente à noite. Será que os sismos não têm sindicato? São obrigados a trabalhar à noite? Que regalias é que têm? Há concursos de colocação de sismos? Enfim, ao que parece, a coisa anda tremida. Pela minha parte, ainda não senti nenhum (pelo menos esta semana). Também, se ocorrerem enquanto estou na fábrica, não se nota (isto já treme como o caraças), se ocorrerem durante a noite, estou a dormir e também não noto (era preciso um comboio a passar ao fundo da cama e a apitar valentemente para me acordar).
Já a minha avó, personagem deveras característica, deu um pré-aviso de greve aos sismos. Se houver mais algum, sai de casa e vai para o meio da rua e fica lá sem fazer nada. Claro está, que metade do mundo podia ruir e ela só ficava a saber se desse na televisão, mas enfim, o aviso foi dado. Resta saber se para ela cumprir a ameaça, tem de sentir o sismo, ou se basta o José Rodrigues dos Santos, no seu ar abichanado e francamente irritante de duende engravatado, dar a notícia na abertura do telejornal. A ver vamos.