As férias também se acabam. É verdade, acabam-se e, pior do que isso, depois de 3 horas a trabalhar, apagam-se da nossa memória e é como se nunca tivessem existido...
Mesmo assim, foi um período gratificante, de muito descanso, muita horinha passada à lareira, alguns passeios até à praia, enfim, good times. O natal também foi agradável, com algumas prenditas, muita conversa com família e amigos, alguns doces da época, the usual, abrilhantado por alguns momentos especiais.
O regresso ao trabalho, esse foi mais complicado, tendo até exigido monólogo interior hoje de manhã, acerca do "ter de trabalhar para viver". Ao que parece, parte de mim estava disposta a abdicar de tudo por manhãs passadas a dormir e tardes à lareira. Infelizmente, outros valores se levantam e tive de voltar ao trabalho, contrariando tudo o que o meu instinto me dizia...
Mudando de assunto, ontem li um pouco antes de me deitar de um livro que me ofereceram, "A Conspiração" de Dan Brown. Sim, esse mesmo. O do Código de Da Vinci. Acerca do Código de Da Vinci muito se tem dito. Que é muito bom. Que é muito mau. Têm surgido livros sobre isso a torto e a direito. Ora, euzinho, ontem, antes de adormecer, reflecti um pouco sobre o assunto e queria partilhar com vocês as minhas conclusões.
O primeiro livro de Dan Brown que eu li foi "Anjos e Demónios". Gostei. Gostei muito. Pareceu-me inventivo, preciso, com uma perspectiva diferente e arrojada, apesar de um pouco previsível a nível de twists de enredo. Há que dizer que "Anjos e Demónios" foi escrito antes do "Código de Da Vinci", apesar de em Portugal terem sido editados em ordem inversa. Depois, li o "Código de Da Vinci" - e achei que o pobre Dan era um "one hit wonder" do mundo da literatura. O Código de Da Vinci é uma repetição da fórmula de "Anjos e Demónios", repetição essa muito fraca e que, apesar de rica nos detalhes históricos, está muitos furos abaixo da obra anterior. O mesmo protagonista, com uma história muito similar, outra personagem feminina, mas muito idêntica à primeira, os mesmos twists, enfim, mais do mesmo. Ontem, comecei a ler "A Conspiração". Pareceu-me interessante, embora se pareça focar novamente num "casalinho". Vamos ver se o assunto é suficiente para surpreender e se a estrutura do enredo se diferencia dos anteriores.
Uma última consideração. No primeiro livro editado em Portugal, "O Código de Da Vinci", o título aparecia em letras maiores do que o nome do autor. No segundo livro, o tamanho das letras do título é igual ao tamanho das letras do nome do autor. Neste "A Conspiração", o tamanho do nome do autor já supera em muito o tamanho das letras do título. Afinal, compra-se o livro porque a obra o merece, ou porque o autor é conhecido? Tsst tsst...
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